segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Professor

Ai de todos nós se não fosse o professor. Já imaginou o nobre leitor se todos nós fôssemos analfabetos ou semianalfabetos? Certamente estaríamos iguais a nossos índios. O Brasil jamais irá além do que é, enquanto estiverem à frente de suas Escolas e faculdades mestres mal pagos. Muitos tendo como principal meio de condução o ônibus, porque não dispõem de recursos para adquirir um veiculo dos mais baratos.
Os mais ínfimos dos salários pagos pelo poder público começam pelos professores dos municípios, melhoram um pouco para aqueles de renda estadual e mais alguns reais para os da União. Este é o retrato fiel do Brasil. E, por isso mesmo, nadamos e acabamos morrendo na praia. Sim, porque temos uma democracia fundamenta na compra de votos. Não o seria se o nosso povo fosse totalmente alfabetizado.
Precisamos atrair pessoas qualificadas para o nosso ensino, coisa que nem sempre acontece, a não ser quando nasce com o dom de ser educador. No entanto, se fossem bem pagos o número de interessados para dar salutares conhecimentos à nossa mocidade seria muito maior.
Se falta a alguns deles o saber necessário, impõe-se que sejam submetidos a cursos de pós-graduação, com o direito à gratificação após a respectiva conclusão. É imprescindível reservar ao professor os quarenta e cinco minutos de aula, suprindo os 15 minutos da chamada dos alunos, e mais 15 da transposição do esquema relativo à explanação que vai ser feita, ou seja, usar os meios eletrônicos, pondo cada discente o dedo no tablete exposto na entrada.
O esquema sem o qual não é possível o mestre dar boa aula, deverá ser antecipadamente preparado e colocado sobre o quadro negro. Só com isso serão destinados 30 minutos a mais de aula a ser proferida. Esta, por sua vez, ocorrerá em três etapas, ou seja, uma de explanação, e outra de perguntas respostas.
O restante será de revisão da matéria proferida na aula anterior. Hoje, alguns estados, a exemplo de São Paulo, dão gratificação especial ao mestre que alfabetizar o maior número de alunos. Por que não procederem desta forma as demais unidades federativas? Enfim, a Educação é o maior investimento que o Brasil pode fazer.
Edgar Carlos Amorim, in: Diário do Nordeste (CE)

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