Segundo o Censo Demográfico 2010, do IBGE, das 737.681
crianças e adolescentes (idade até 17 anos) residentes no Distrito Federal, 58%
(478.158) são negras (autodeclaradas pretas ou pardas).
Uma das causas das desigualdades sociais está na maior
dificuldade de acesso da população negra à Educação nos anos iniciais de
estudo. Na faixa de zero a três anos de idade, enquanto 20,8% das crianças
negras frequentam Creche, nas crianças não negras o percentual é de 25,6%. Nas
idades de quatro e cinco anos, enquanto 78,1% das crianças negras frequentam
Escola, nas não negras 83,9%.
Os meninos negros de quatro e cinco de idade são os que
apresentam maior dificuldade de acesso à Escola em relação à população não
negra. Enquanto 76,2% desses meninos negros frequentam Escola, esse percentual
chega a 84,3% nos meninos não negros. Outro indicador da desigualdade racial
refere-se à significativa diferença entre o número de crianças nascidas de mães
jovens negras e de mães jovens não negras.
O grupo de 15 a 19 anos é responsável por mais de 15,6% do
total de nascidos vivos de mães negras, enquanto nas mães não negras esse grupo
responde por 7,5% dos nascidos vivos. As causas externas são compostas por
acidentes e violências. A população negra jovem é muito mais vulnerável a esse
tipo de óbito do que a população não negra. Na população não negra de dez a 19
anos de idade, 53,3% dos óbitos ocorrem por causas externas. Já na população
negra esse percentual chega a 80,7% dos óbitos.
Após criar o Disque Racismo, o GDF, por meio das
Secretarias da Criança e da Promoção da Igualdade Racial, com apoio do Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lançou a campanha “Por uma infância
sem racismo”, de modo a conscientizar a sociedade para a necessidade de se combater
a discriminação racial desde a infância.
Fonte: Jornal de Brasília (BR)
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