segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Ensino Médio dividido em semestres


No Ensino Médio, os alunos terão de se adaptar ao que se denominou de semestralidade, em 63 Escolas. Cada um dos três anos será dividido em dois semestres. O conteúdo será desmembrado em duas áreas de conhecimento: exatas em dois bimestres, e humanas nos outros dois. Se os primeiros seis meses contemplarem o Ensino das exatas, o restante do ano será dedicado à aprendizagem de humanas.
Português e matemática estarão incluídos nos dois momentos. A cada fim do bimestre haverá a oportunidade de o Aluno realizar uma prova de recuperação de alguma das disciplinas em que não tiver alcançado a média. Se ao fim do ano a reprovação for constatada, o educando não precisará repetir todo o ano. Ele prossegue para a etapa seguinte, mas fica devendo a disciplina reprovada, que deverá ser recuperada durante o próximo ano, no horário contrário ao das aulas.
Segundo o secretário de Educação, Denilson Bento da Costa, o sistema oferece oportunidades de o Professor vivenciar com o Aluno condições pedagógicas e experiências de vida. “Os Educadores terão mais tempo para trabalhar com atividades lúdicas, inter-setoriais e ações interclasse”, ressalta. No entanto, as novidades são encaradas com resistência por especialistas, pedagogos, Alunos e pais.
O Professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), Gilberto Lacerda, aponta que o sistema tende a ser negativo, uma vez que Alunos de diferenças cognitivas são inseridos em um mesmo universo. Segundo o especialista, os Docentes não estão sendo capacitados para esse novo estilo de método de Ensino. “Mudanças assim precisam estar casadas com uma discussão ampla para que possam ser inseridas”, aponta.

PONTO DE VISTA
O presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa), Luis Claudio Megiorin, destaca que o sistema exige uma análise aprofundada. Segundo ele, pais e Professores devem participar na formação de políticas públicas e precisam ser ouvidos. “O GDF necessita de debater o assunto com os mais afetados, que são os Educadores, pais e Alunos. Falta um diálogo com os pais no ponto de vista prático”, diz.

PENSE NISSO
Em outras unidades da Federação, o sistema de ciclos foi considerado por alguns especialistas uma manobra para frear os índices de repetência Escolar. O brasiliense espera que este não seja o caso do modelo apresentado ao DF, uma vez que, muito mais que números, a formação de nossas crianças merece o melhor.
Fonte: Jornal de Brasília (DF)

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