No Ensino Médio, os alunos terão de se adaptar ao que se
denominou de semestralidade, em 63 Escolas. Cada um dos três anos será dividido
em dois semestres. O conteúdo será desmembrado em duas áreas de conhecimento:
exatas em dois bimestres, e humanas nos outros dois. Se os primeiros seis meses
contemplarem o Ensino das exatas, o restante do ano será dedicado à
aprendizagem de humanas.
Português e matemática estarão incluídos nos dois
momentos. A cada fim do bimestre haverá a oportunidade de o Aluno realizar uma
prova de recuperação de alguma das disciplinas em que não tiver alcançado a
média. Se ao fim do ano a reprovação for constatada, o educando não precisará
repetir todo o ano. Ele prossegue para a etapa seguinte, mas fica devendo a
disciplina reprovada, que deverá ser recuperada durante o próximo ano, no
horário contrário ao das aulas.
Segundo o secretário de Educação, Denilson Bento da Costa,
o sistema oferece oportunidades de o Professor vivenciar com o Aluno condições
pedagógicas e experiências de vida. “Os Educadores terão mais tempo para
trabalhar com atividades lúdicas, inter-setoriais e ações interclasse”,
ressalta. No entanto, as novidades são encaradas com resistência por
especialistas, pedagogos, Alunos e pais.
O Professor da Faculdade de Educação da Universidade de
Brasília (UnB), Gilberto Lacerda, aponta que o sistema tende a ser negativo,
uma vez que Alunos de diferenças cognitivas são inseridos em um mesmo universo.
Segundo o especialista, os Docentes não estão sendo capacitados para esse novo
estilo de método de Ensino. “Mudanças assim precisam estar casadas com uma
discussão ampla para que possam ser inseridas”, aponta.
PONTO DE VISTA
O presidente da Associação de Pais e Alunos das
Instituições de Ensino do DF (Aspa), Luis Claudio Megiorin, destaca que o
sistema exige uma análise aprofundada. Segundo ele, pais e Professores devem
participar na formação de políticas públicas e precisam ser ouvidos. “O GDF
necessita de debater o assunto com os mais afetados, que são os Educadores,
pais e Alunos. Falta um diálogo com os pais no ponto de vista prático”, diz.
PENSE NISSO
Em outras unidades da Federação, o sistema de ciclos foi
considerado por alguns especialistas uma manobra para frear os índices de
repetência Escolar. O brasiliense espera que este não seja o caso do modelo
apresentado ao DF, uma vez que, muito mais que números, a formação de nossas
crianças merece o melhor.
Fonte: Jornal de Brasília (DF)
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