Se quiser ter prosperidade por um ano, cultive grãos. Por
10, cultive árvores. Mas para ter sucesso por 100 anos, cultive gente.
Próspero, segundo o dicionário Houaiss, é o adjetivo que caracteriza quem tem
êxito, quem progride, quem é bem-sucedido. Qualquer brasileiro, de todas as
faixas de renda e Educação, entende essa definição. Todos almejamos a
prosperidade. De nada adianta alguns de nós sermos prósperos, se o país como um
todo não o for. Para que o Brasil tenha êxito e se torne, definitivamente, uma
grande nação é necessário bem mais do que crescer. É necessário desenvolver.
Assim como ocorre com as pessoas, que para ser prósperas
precisam primeiro ter o básico – moradia, alimentação, mobilidade, segurança,
saúde e Educação –, um país deve proporcionar a todas as pessoas o acesso a
esses serviços, compreendidos como básicos para a prosperidade individual. A
prosperidade também pode ser traduzida como a esperança e o estado de
felicidade das pessoas ou de uma nação. Hoje mais do que nunca poupar para
assegurar um futuro melhor e investimentos em Educação nos proporcionam esse
estado de felicidade.
Segundo o estudo “O observador Brasil 2012”, os
brasileiros têm investido mais na poupança e em outras aplicações. Entre 2005 e
2011, houve crescimento de 61,4% no valor poupado. Esse novo cenário reflete
uma maior e melhor percepção do brasileiro do valor do seu dinheiro, ainda, uma
mudança de cultura, com o cidadão privilegiando investimentos de médio e longo
prazo, como a aquisição da casa própria. Além de poupar mais, há um número
maior de pessoas pensando em guardar em detrimento de compras supérfluas. De
acordo com o censo semestral divulgado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC),
pela primeira vez na história, mais da metade dos brasileiros têm alguma
economia depositada na caderneta de poupança. São mais de 100 milhões de
poupadores, um fato inédito e digno de registro. Nós, brasileiros, precisamos
desenvolver uma nova mentalidade, onde o planejamento e a disciplina sejam
valorizados.
Precisamos valorizar o trabalho em detrimento da Lei de
Gerson, de levar vantagem em tudo.
Em relação ao investimento em Educação, o que tem crescido
de forma consistente são os valores investidos em treinamento e Educação
profissional. A Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD)
realiza a pesquisa “Retrato do treinamento no Brasil”, divulgando os números em
dezembro. De acordo com o levantamento, os investimentos em treinamento e
desenvolvimento seriam 36,9% maiores ao aferido no ano anterior, com um valor
médio superior ao verificado em 2011, que foi de R$ 3.627. A regra é clara:
fazer mais com menos, melhor e mais rápido. Esse contexto, de poupança interna
e de maiores investimentos em Educação profissionalizante, gera uma expectativa
de que, enfim, estejamos no caminho certo.
O momento mais propício ao aumento da produtividade é
agora, em que vivemos o pleno emprego. Necessitamos valorizar, mais e mais, a
Educação e o treinamento para o trabalho, pois a produtividade do trabalhador
brasileiro não aumentou quase nada, comparada à dos trabalhadores dos países
desenvolvidos, nas últimas décadas. Maior produtividade, poupança, investimento
em Educação e melhor distribuição de renda. Só assim nos tornaremos uma nação
próspera, de fato e de direito.
Fonte: Estado de Minas (MG)
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