Neste ano que está começando alguns estudantes se preparam
para rever todo o conteúdo de 2012. Caçar culpados não vai mudar as notas dadas
no passado nem melhorar o rendimento em sala de aula. Mas identificar os
motivos da reprovação é essencial para tirar lições úteis dessa experiência.
A Gazeta do Povo ouviu experientes profissionais da
Educação e elencou algumas dicas, para pais e Alunos, que ajudam a começar o
ano letivo de 2013 com novos hábitos e uma nova postura. Contribuíram com a
lista as Professoras Edna Liz Prigol, pedagoga do Grupo Educacional Uninter;
Evelise Portilho, do curso de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica do
Paraná (PUCPR); e Débora Loepper Borges, coordenadora pedagógica do Colégio
Decisivo.
ALUNOS:
Mudança
A mudança de hábitos é essencial, mas não adianta ouvir
sermões da família e dos Professores sem usar a própria força de vontade. Para
isso, ajuda muito ter em mente as consequências diretas da reprovação, como a
separação dos amigos de classe que avançam de série e o drama de assistir
novamente às mesmas aulas. Motive-se, encare como um desafio e não como um
fardo, e aproveite a chegada de um novo ano para estrear um novo comportamento
em relação aos estudos.
Qualidade
Deixar para estudar só na véspera das avaliações é uma
prática comum que traz riscos. Quem quer mudar para conquistar notas melhores
deve começar pela rotina de estudos em casa. Habitue-se a rever a matéria
aprendida no mesmo dia em que assistiu à aula, ainda que não haja tarefa de
casa, nem que seja por apenas 30 minutos. Quando a data da prova se aproximar,
faça apenas uma revisão no dia anterior. Essa forma de estudar funciona muito
melhor do que ficar várias horas lendo no quarto.
Faltas e notas
Não deixe para recuperar tudo no fim do ano nem acredite
que o conselho de classe vai salvá-lo. Você se sentirá muito mais seguro
dependendo apenas do próprio desempenho. Por isso, caso volte a ter resultados
ruins, esforce-se para recuperar a nota logo em seguida, colocando como meta
notas mais altas do que a média. Se o problema foi excesso de faltas, passe a
anotar no caderno os dias em que faltou, assim você pode administrar suas
ausências e não põe a aprovação em risco por mero descuido.
Foco
Quando entrar na sala lembre-se de que você está ali por
causa da aula. Se o que o levou à repetência foram problemas de comportamento
que repercutiram nas notas, esforce-se para ter mais foco no dia a dia. A
convivência com uma turma nova e colegas ainda desconhecidos acaba sendo uma
boa oportunidade para assumir um comportamento mais adequado em sala de aula.
PAIS:
Equilíbrio
Gritar ou deixar de castigo apenas extravasa a irritação
dos pais, mas não melhora o filho nem muda as notas. A reprovação derruba a
autoestima do estudante, às vezes levando-o à depressão, por isso acolhê-lo é o
primeiro passo para sair da crise com uma postura nova. No entanto, não fique
indiferente à repetência. É importante mostrar a ele as consequências do que
houve e refletir sobre os motivos que levaram às notas baixas. Sempre com muito
equilíbrio e seriedade, sem incriminá-lo.
Companhias
A influência dos colegas tem um peso enorme no
comportamento do estudante na Escola. Quando o grupo de amigos gosta de farra e
não liga para estudos, é bem mais difícil mudar, porque o Aluno teme ficar
isolado ou ser motivo de piada. Muitas vezes uma nova turma ajuda a solucionar
o problema, mas, para que o mesmo erro não se repita, incentive o estudante a
aproximar-se de quem é visivelmente mais dedicado aos estudos.
Tradicionalmente, sentar mais próximo do lugar do Professor ajuda nessa
seleção.
Razões
Dedique tempo à busca dos motivos que levaram à
reprovação. São essenciais o depoimento do próprio Aluno, o da Professora e a
própria observação ao longo do ano. Uma conversa com a direção ou a coordenação
pedagógica também pode contribuir, afinal possivelmente eles já atenderam a
casos parecidos e podem contar o que aprenderam acompanhando outras
experiências.
Presença
Um erro comum dos pais com filhos reprovados é o de
matriculá-los num reforço Escolar, ou contratar Professores particulares, e
achar que já estão fazendo a sua parte. Para uma motivação real, nada substitui
a presença dos pais no dia a dia, mostrando interesse por aquilo que o filho
estuda e separando um tempo exclusivo com o estudante.
Gazeta do Povo
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