Salman Khan mantém uma plataforma de mais de 3.800 vídeos
educacionais acessados por 6 milhões de pessoas todos os meses, incluindo os
filhos de Bill Gates, a quem chama pelo primeiro nome. No entanto, o americano
que criou a Khan Academy se impressionou com o prestígio recebido em sua
primeira visita ao país. "Em doze horas conheci o ministro da Educação e a
presidente do Brasil, e agora estou aqui", disse ele na manhã da
quinta-feira (17), em São Paulo, para mais de 200 educadores, autoridades e
especialistas da área.
Durante quase uma hora o educador de 36 anos contou, com
fala tão veloz quanto seus planos de expansão, a história de como trocou uma
carreira no mercado financeiro pela academia de vídeo-aulas que já chegou, via
internet, a 216 países. Ele ainda compartilhou sua visão a respeito de como o
que chama de revolução da informação vem provocando mudanças tão profundas
quanto a Revolução Industrial e a invenção da imprensa.
"A educação não é mais um bem escasso, é algo que
podemos dar de graça", afirmou ele para a plateia que ocupou todos os
assentos e corredores do auditório do Museu da Imagem e do Som, e também para
quem não encontrou lugar e acompanhou a palestra do lado de fora, pela
transmissão online.
O cientista da computação e matemático acredita que a
educação é um direito humano, como comida, água e abrigo. Por isso, diz, seu
objetivo é oferecer "educação gratuita, de nível internacional, para
qualquer pessoa em qualquer lugar".
A frase, com a qual ele costuma concluir suas palestras e
escolhida também para introduzir seu livro "Um mundo, uma escola: a
educação reinventada", publicado no segundo semestre de 2012, foi cunhada
de improviso há cerca de cinco anos, mas funciona até hoje: Quando decidiu arriscar
uma nova carreira e inscrever a instituição sem fins lucrativo Khan Academy na
receita federal americana, um dos campos do formulário solicitou que ele
resumisse, em duas linhas, a missão da entidade.
Fonte: G1
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