Um estudo recente sobre aspectos da educação mostra que
quem estuda mais tende a ser mais feliz e ter uma expectativa de vida maior. O
levantamento What are the social benefits of education? (Quais são os
benefícios sociais da educação?, em tradução livre) foi produzido pela OCDE
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e realizado em 15
países membros da organização – do qual o Brasil não faz parte.
"A educação ajuda as pessoas a desenvolver
habilidades, melhorar a sua condição social e ter acesso a redes que podem
ajudá-las a terem mais conquistas sociais", dizem os autores da pesquisa.
Segundo o estudo, as pessoas que estudam mais são mais
felizes porque tem maior satisfação em diferentes esferas de sua vida. Esse
nível de satisfação pessoal é de, em média, 18% a mais para que têm nível
superior em relação àquelas que pararam no ensino médio.
Em relação ao aumento da expectativa de vida, o estudo
mostra que um homem de 30 anos, por exemplo, pode viver mais 51 anos, caso
tenha formação superior, enquanto aquele que cursou apenas o ensino médio
viveria mais 43, ou seja, oito anos menos. Essa disparidade é mais acentuada na
República Tcheca, onde os graduados podem viver 17 anos a mais. Já os
portugueses, asseguraram a diferença mais baixa, apenas 3.
No caso das mulheres, a diferença não é tão acentuada: a
expectativa média de vida é de quatro anos a mais para as universitárias. À
frente desta tabela estão as nascidas na Letônia, que vivem quase nove anos
mais do que as compatriotas que interromperam os estudos no antigo segundo
grau.
Participação
política
Em outro capítulo desse mesmo levantamento, realizado com
um grupo de 27 países, a OCDE chegou à conclusão de que 80% dos jovens com
ensino superior vão às urnas, enquanto o número cai para 54% entre aqueles que
não têm formação superior. Os adultos mais escolarizados também são mais
engajados quando o assunto é voluntariado, interesse político e confiança
interpessoal.
"A educação tem o potencial de trazer benefícios para
as pessoas e para as sociedades, e isso vai muito além da contribuição para a
empregabilidade dos indivíduos ou de renda", afirma os autores da
pesquisa, que enfatiza ainda a importância do Estado.
"Os políticos devem ter em conta que a educação pode
gerar benefícios sociais mais amplos desde que haja mais investindo em
políticas públicas".
Educação em
foco
O estudo, divulgado no fim do mês passado, encerra a
Education Indicators in Focus, série composta por 10 estudos, apresentados ao
longo de janeiro de 2012 a janeiro de 2013, que destacam diferentes aspectos
educacionais avaliados da educação básica ao ensino superior. Entre eles, como
a crise global afeta as pessoas com diferentes níveis de escolarização, quais
países estão dando suporte ao acesso ao ensino superior e qual a variação no
número de alunos ao redor do mundo.
Os interessados em acompanhar as pesquisas podem
acessá-las gratuitamente online em três versões: inglês, espanhol e francês.
Fonte: Portal Porvir
Nenhum comentário:
Postar um comentário