sábado, 1 de dezembro de 2012

A difícil escolha pelo melhor colégio

 
Única forma de acesso aos cursos de graduação das principais universidades federais, o Exame Nacional de Ensino médio (Enem) tornou-se um instrumento de preocupação dos colégios. No Rio, com a adesão total à prova por UFRJ, UFF, Unirio e Rural nos últimos três anos, as Escolas têm procurado adequar os currículos dos Ensinos médio e fundamental para que o desempenho dos Alunos seja tão bom ou melhor que nos vestibulares tradicionais.
A divulgação do ranking do Enem 2011, na última semana, provocou alvoroço entre as instituições de Ensino, mas especialistas alertam que essa classificação está longe de ser o ideal e, tampouco, o único critério a ser levado em conta na hora de escolher onde matricular o filho.
O tema provoca tantas dúvidas e controvérsias que Chico Soares, um dos principais pesquisadores do setor no país, elaborou um guia com as perguntas mais frequentes sobre o assunto. Integrante de conselhos consultivos do Inep e da UFMG, ele afirma que o ranking é apenas uma dimensão a ser levada em conta, mas com muitas imprecisões. Entre elas, cita o fato de ser baseado na média e esconder que, mesmo nas Escolas que estão nas posições mais altas, há Alunos que não se saíram bem. Por isso, ele diz que a colocação Escolar no ranking pode servir apenas como primeiro filtro:
- O ranking da Escola é apresentado sem uma faixa de erro. O aprendizado dos Alunos depende muito do que eles trazem de casa, de seu capital cultural. Assim, a posição da Escola reflete muito mais o potencial dos Alunos que conseguiu matricular do que a excelência de seu projeto pedagógico - explica.
O pesquisador acrescenta:- São tantas as limitações, que usar apenas a posição da Escola como critério de decisão é pouco racional. Escolher a Escola é principalmente escolher com quem os filhos irão conviver. Essa decisão deve considerar, entre as opções, aquele projeto pedagógico que se alinha com os valores e expectativas da família. A Educação é muito mais ampla que um ranking: é para a vida.
Fonte: O Globo (RJ)

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