
Conheça conceitos que vão transformar as escolas (e onde
foram aplicados):
Personalização – Entender as necessidades de cada estudante é o
diferencial da School of One, uma plataforma criada para escolas de Nova York
por Rose e Christopher Rush e que tem a tecnologia como principal aliada para a
tarefa. Baseado em uma avaliação feita no início do ano, o sistema elabora um
mapa de habilidades e plano de estudos individual. Mas para isso, utiliza
experiências de outros alunos. Um enorme repositório de lições está disponível
e o banco de dados prevê que tipo de atividade é mais adequado ao perfil de
cada um. “A melhor maneira de aprender pode ser com aulas online, em grupos ou
estudando sozinho. O nosso algorítimo usa as experiências já aplicadas para
identificar isso”, explicou Rose. Uma receita parecida é usada no grupo de
escolas Summit, na Califórnia , na qual os estudantes também passam por uma
avaliação no início do ensino médio, para elaborar um plano de estudos de
acordo com seus objetivos de carreira. A tecnologia, novamente, é usada para
avaliar em todos os momentos o que cada aluno já aprendeu e se já está pronto
para aprender mais. “Cada um segue no seu ritmo”, contou a diretora executiva
da rede, Dianne Tavenner.
Plataforma
adaptativa – Para proporcionar o ensino
personalizado, existem plataformas tecnológicas de ensino online que ajudam a
elaborar e entregar os conteúdos necessários para os diferentes tipos de
alunos. José Ferreira, fundador da Knewton, ferramenta que fornece lições de
matemática, diz que o volume gigante de informações – maior que o do Facebook –
que sua base de dados oferece revoluciona o ensino. A plataforma mostra ao
professor com agilidade o que os estudantes aprendem, quando erram, no que tem
dificuldades e como aprendem e ajuda a elaborar aulas.
Ensino híbrido
– A sala de aula já não tem mais um
professor falando em frente ao quadro negro e alunos sentados em carteiras
organizadas em fileiras iguais nas oito escolas públicas gerenciadas pela ONG
New Classrooms, de Joel Rose. Para que cada um possa aprender do seu jeito,
também é realizada uma mudança física e os alunos sentam nas mais variadas
formas: sozinhos, em grupos pequenos ou grandes, em frente a computadores ou
usando material impresso. No espaço reorganizado, fazem atividades distintas,
algumas online e outras, não. Para que esse modelo híbrido funcione, o papel do
professor também muda para o de mentor. Segundo Tavenner, das escolas Summit,
os docentes acompanham as atividades realizadas em um espaço grande, sem
paredes, e orientam os alunos de várias formas: resolvendo dúvidas,
questionando, provocando debates, orientando atividades e projetos.
Engajamento – O interesse das crianças é o ponto de partida para o
aprendizado na escola de ensino fundamental Quest to Learn, em Nova York.
Apoiada pelo Instituto of Play, um estúdio de design sem fins lucrativos
liderado por Brian Waniewski, a escola constrói o engajamento dos alunos
através de jogos. Segundo Waniwski, a lógica dos videogames é apropriada para o
aprendizado porque proporciona um ambiente com regras, nas quais há etapas a
serem vencidas, mas que tolera erros. E mais: oferece feedback constante. Para
usar esses elementos, o Instituto of Play tem profissionais especializados em
criar jogos educativos que dão suporte aos professores e incentiva também os
alunos a inventarem os seus próprios. Outra forma de promover o engajamento é
conectar o ensino com a realidade. Essa é a aposta de Melissa Agudelo, reitora
de admissões do grupo de 11 escolas High Tech High, de São Diego. “Os alunos
precisam ver sentido no que aprendem”, diz. Nas escolas, há muitas atividades
práticas, os alunos saem da sala de aula e têm experiências na comunidade e
precisam resolver problemas reais.
Educação por
projetos – O fim da grade de disciplinas
separadas é uma das experiências das escolas High Tech High para tornar o
aprendizado mais relevante aos alunos. Segundo Agudelo, os estudantes não são
divididos por série, nível de habilidade e aprendem vários conteúdos integrados.
Para isso, os professores estimulam alunos a desenvolverem projetos, solucionar
problemas, nos quais precisam usar vários tipos de conhecimento. Nesse caso,
professores de áreas diferentes se envolvem com os mesmos projetos.
Fonte: iG
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