segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fraude no concurso para agente educador municipal

Sepe desmascara burla em “concurso”, onde só participavam apadrinhados de políticos
por Carlos Fabiano de Souza
“O Sepe/RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro) desmascarou um processo irregular de contratação de inspetores para as escolas da rede municipal, que estava sendo efetuado em conjunto pelos governos do Estado e do Município e por uma empresa de terceirização, a VPAR. A partir de denúncias recebidas pela Regional III, o sindicato descobriu que a VPAR estava recebendo inscrições de “candidatos” ao cargo de inspetor de alunos da rede municipal no Grajaú Tênis clube. Na fila na porta do clube, descobrimos que só podia se inscrever pessoas indicadas por políticos da base dos governos estadual e municipal. Os cartões com a indicação para a seleção poderiam ser obtidos na Subsecretaria de Governo da Capital – Regional III, órgão ligado à Secretaria de Estado de Governo, na Penha. O Sepe e os vereadores Reimont e Paulo Pinheiro protocolaram no dia 08/12, no MP, uma denúncia contra estas graves irregularidades.” Fonte: Jornal Conselho de Classe, dezembro de 2010.
Espantoso! Indicação de pessoas por políticos para atuar em cargos públicos na rede municipal de ensino?!? Este fato me parece muito familiar. Acho que já virou moda. Bem, espero nunca me acostumar com tamanho ABSURDO. Por isso, repudio veementemente qualquer tipo de apadrinhamento político seja este no setor público ou privado. Aliás, nunca fui adepto à moda mesmo!

O uso das preposições

Por Sérgio Nogueira
Coitada da preposição! Como é maltratada! Quando não é mal usada, é esquecida. Em nossas rádios, é frequente ouvirmos: “Esta é a música que o povo gosta.”
Quem não gosta sou eu. Ora, se quem gosta, gosta de alguma coisa, o certo é: “Esta é a música de que o povo gosta.”
Se você achou estranho ou feio, há outra opção: “Esta é música da qual o povo gosta.” Você decide qual pronome relativo vai usar, mas não esqueça a preposição.
Erro semelhante ocorre num anúncio de uma famosa marca mundial: “Esta é a marca que o mundo confia.” Eu perdi a confiança! A regência do verbo CONFIAR exige a preposição em. O certo é: “Esta é marca em que o mundo confia.”
Outro exemplo errado ocorre em cartas comerciais: “Segue anexo o documento que você se refere em sua última carta.” O verbo REFERIR-SE pede a preposição a. O certo é: “Segue anexo o documento a que você se refere em sua última carta.”
Mais um: “E o Flamengo acabou perdendo o gol que tanto precisava.” Pelo visto, não precisava tanto. Ou o gol seria ilegal. Se quem precisa, precisa de alguma coisa, o certo é: “E o Flamengo acabou perdendo o gol de que tanto precisava.”
Colaboração: Prof. Adilson Alves da Silva

domingo, 30 de janeiro de 2011

Pedagogia: curso mais procurado na UENF

Com um total de 581 inscritos para 30 vagas, o curso de Licenciatura em Pedagogia foi o mais procurado entre os 15 cursos da UENF que participaram da seleção do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) do MEC.  Com o resultado, o curso de Pedagogia - que é ministrado no turno da noite, como as demais licenciaturas da UENF - apresentou uma relação candidato/vaga de 19,37.  Em seguida, vem o curso de Engenharia de Petróleo, com 19,16 candidatos/vaga, e Engenharia Civil, com 18,70 candidatos/vaga.
Fonte: Informativo da Uenf (http://www.uenf.br/index.php)

Colaboração: Prof. Carlos Fabiano de Souza

Do discurso à prática: Professor – Autoridade da Educação

Por Carlos Fabiano de Souza
Muitos foram os compromissos assumidos pela nossa primeira mulher presidente do Brasil, Dilma Rousseff. No que concerne à educação, toda classe de profissionais da área aguarda ansiosa pelo cumprimento de tantas promessas, já que Dilma assume a presidência com o compromisso de valorizar o magistério. Devo ressaltar, é claro, que o momento atual é de muita expectativa, principalmente, após Dilma ter afirmado em seu discurso de posse no Congresso que “só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens”. Nestes dias que antecedem o início do ano letivo nas escolas das redes públicas (em especial), é de extrema importância que todo o professor reflita sobre o seu papel enquanto educador comprometido com o processo ensino-aprendizagem de seus alunos, mas, verdadeiramente, é preciso assumir também um compromisso com a educação pública de qualidade, começando por encarnar o papel de AUTORIDADE DA EDUCAÇÃO.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Você acredita?

Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas. Uma ideia muito boa do Senador Cristovam Buarque. Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública. As consequências seriam as melhores possíveis. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.
SE VOCÊ CONCORDA COM A IDÉIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM.
Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país. O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.
Ainda que você ache que não pode fazer nada a respeito, pelo menos passe adiante para que chegue até alguém que pode fazer algo.
Colaboração: Profa. Simone Gomes Peixoto
Para acompanhar a tramitação do projeto no Senado:

Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Será?

Por Carlos Fabiano de Souza
Foi-se o tempo em que podíamos afirmar categoricamente que dentro de uma sala de aula a autoridade maior é o professor. Não me refiro apenas à violência sofrida gratuitamente por alguns colegas, na maioria das vezes praticada por seus próprios alunos que parecem ter perdido o respeito pelo profissional da educação. Violência esta manifestada de diversas formas (tais como desconstituição da autoridade do professor, agressões físicas, agressões via Internet, assédio sexual, etc.). O pior de tudo é saber que muitas direções de escolas privadas são omissas em relação à violência no ambiente escolar e procuram responsabilizar os professores na maioria dos casos.
Como se não bastasse, é com perplexidade que ouço alguns colegas de profissão reclamar da ordem que impera em algumas escolas da rede privada de ensino – os pais praticamente mandam na instituição. Digo isso porque em “escolas-empresas” o objetivo maior é manter a quantidade, mesmo que para isso seja necessário abrir mão da qualidade. É a velha ordem capitalista! A escola é claro, procura contornar a situação dando voz às reclamações dos pais, mesmo quando o professor tem razão. Bem, não podemos nos esquecer de que “o cliente tem sempre razão,” será?
Um exemplo simples, porém bastante interessante, diz respeito a um caso que me foi contado por uma ex-professora minha: ela resolveu substituir uma atividade presente no livro didático por outra bem mais produtiva, pois considerava que o exercício do livro era muito repetitivo. A mãe de um aluno, ao olhar aquela atividade em branco no livro de seu filho, resolveu ir até a escola reclamar com a coordenação. Era um absurdo um professor “pular” uma atividade do livro. “Gastei um dinheirão com o livro pra não ser usado?” “Que professora é essa!” “Tá pensando que achei meu dinheiro no lixo,” praguejava a mãe inconformada. Mesmo com a justificativa da professora, a coordenação da escola ‘achou’ que seria sensato da parte da professora fazer a tal atividade em sala com os alunos.
Quanta insensatez? É por essas e tantas outras histórias que me aflige ouvir a frase “Todos pela educação”, tão propagada em importante canal de televisão em nosso país. A impressão que me dá é que qualquer um pode entrar na escola a qualquer momento e fazer dela o quintal de sua própria casa! E o final da história pra muitos professores? Bem, todos já sabem qual é: Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mensagem

O ano letivo está se iniciando. Aí vai uma bela mensagem contida no texto de Richard Back:
“Aprender é descobrir aquilo que você já sabe. Fazer é demonstrar que você sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você.”
Somos todos
          Aprendizes,
                  Fazedores,
                               Professores.

A equipe do Escola Pra Quê? deseja a todos envolvidos na Educação um ano letivo muito proveitoso!

Ensino à moda “Lady Kate”

Por Carlos Fabiano de Souza
Alunos estão pagando por um bom ensino? Bem, dizem as más (e também boas) línguas que “tudo que é pago é melhor”. No entanto, tenho que discordar. Infelizmente, muitas instituições de ensino (superior) privadas estão diante de um grande desafio para os próximos anos: provar que a QUALIDADE DO ENSINO oferecido por elas é o verdadeiro diferencial. Para isso, teriam que abrir mão de algumas regalias. Seria possível? Um caso a ser pensado com cuidado, pois comumente retornamos aos velhos paradigmas. Fato é que o dinheiro é a válvula mestra que impulsiona estas instituições, já que o papel empresarial parece sobrepor o caráter educacional (o qual deveria ser a verdadeira base ideológica aplicada na prática). Na verdade, o que se vê na prática é uma grande parcela da população estudantil, responsável por manter estas instituições-empresas, que quer apenas o PAPEL (diploma). Mesmo que para isso, estes alunos tenham que se contentar com a política do ‘jeitinho mais fácil’, pois eles mesmos determinam as regras do jogo.
POLÍTICA DO “TÔ PAGANO!”
Os alunos pagam (não para receber o produto como determinam as normas de ensino da instituição) e querem exigir de que maneira deve funcionar o sistema. E o pior é que muita instituição tem aderido a tal política. É a velha história: ‘se abrir demais as pernas, depois será difícil fechá-las’. Mas quem se incomoda?

Bem, meus caros, foi-se o tempo em que pagar era sinônimo de obter um bom produto. Principalmente quando o ‘cliente’ quer sempre MENOS. Espantoso é saber que muitos deles pagam um preço ALTO, seja pelo valor das mensalidades, ou mesmo pelas consequências futuras! Quanta ignorância! O que deve ser feito então? Como reverter tal situação? Ah, parece difícil, mas não impossível. Qual a sua opinião a respeito do ENSINO À MODA ‘LADY KATE’?

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Big Brother Brasil

Acabei de receber um e-mail do Prof. Rogério Carvalho com um texto (supostamente) de Luiz Fernando Veríssimo sobre o Big Brother Brasil. Um dos nossos melhores cronistas da atualidade se mostra indignado com a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade veiculada pela TV Globo com a exibição do programa. O texto (veja na íntegra: http://www.vitalves.com/2011/01/artigo-sobre-o-bbb-luis-fernando.html) é muito bom, mas reafirma tudo aquilo que uma “minoria que pensa” já sabe: O capitalismo é que conduz a cultura.
Existe uma canção de ninar que fala do medo das crianças e que diz “o poder da bruxa está na força que damos a ela”. O que nós vemos na mídia é reflexo da falta visão crítica do povo, massa de manobra fácil. E qual seria um dos caminhos seguros para mudar este status quo? Uma escola que, em vez de entupir o aluno com conteúdos, que pra pouca coisa ou nada servem, despertasse nele a capacidade de ver o sistema capitalista de forma crítica e consciente. Mas como? Quantos de nós, professores, estaríamos preparados para preparar as cabeças pensantes? 
Meu caro Veríssimo, a solução ainda está no controle remoto da nossa TV: aperte a tecla “desligar” ou “mudar o canal” durante a apresentação do BBB. Simples, não?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Conae – Propostas para alavancar a Educação

As propostas aprovadas na Conferência Nacional de Educação de 2010 poderão integrar Plano Nacional de Educação para os próximos anos. Embora a CONAE não tenha caráter legislativo, mas as sugestões são oriundas da sociedade civil sobre os rumos e os desafios da educação no Brasil.
Entre as principais propostas aprovadas estão:
1. A lei de responsabilidade da educação – que prevê punir responsáveis por mau uso de verba pública para o ensino.
2. Reserva de 50% das vagas de instituições públicas de ensino superior para alunos de escola pública.
3. Destinação de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) para Educação até 2011, devendo alcançar, em 2014, o patamar de 10% (na avaliação dos delegados da Conae, 50% do fundo social do pré-sal também devem ser destinados à Educação).
4. Utilização do Custo Aluno Qualidade inicial (CAQi), que estipula os valores mínimos por aluno para a garantia dos insumos necessários para cada etapa da Educação Básica. Ainda dentro da proposta, também foi aprovada a necessidade de complementação da União de 1% do PIB para que o instrumento possa ser implementado.
5. Criação de uma Lei de Responsabilidade Educacional, que prevê um projeto de lei que obrigue os responsáveis pela gestão e financiamento da Educação em todos os níveis para que seja garantida a Educação de qualidade a todas as pessoas, conforme previsto na Constituição brasileira.
6. Fortalecimento dos conselhos de Educação e a necessidade da criação de fóruns nacionais, estaduais e municipais, cujo principal objetivo será o acompanhamento dos planos educacionais.
7. Eleições diretas para diretor.
8. Determinação de um número máximo de alunos por sala de aula em todos os níveis de ensino. O limite aprovado é 15 alunos por turma na pré-escola; 20 no Ensino Fundamental; 25 no Ensino Médio e 35 no Ensino Superior.
9. Em relação à Educação Infantil, ficou aprovado que a oferta de vagas deve ser feita apenas por instituições próprias dos sistemas públicos de ensino. Para que isso ocorra, foi previsto um processo de transição. A determinação é que o sistema de convênios atual não possa ser expandido, mantendo-se no mesmo patamar até 2014, o objetivo é que essa prática não exista mais em 2018.
10. Estabelecimento de metas e estratégias que garantam condições salariais e profissionais aos profissionais da educação, em sintonia com as Diretrizes Nacionais de Carreira e piso salarial nacional, estabelecidos em Lei.
Colaboração: Profa. Simone Gomes Peixoto

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Eleições diretas para diretores

Por Erivelton R. Almeida

A aparente controvérsia sobre a constitucionalidade de lei municipal que cria, ou seja, autoriza o poder executivo a realizar eleições livres nas escolas municipais, ou mesmo o Estado, é ato político.
Quando o Legislativo municipal extrapola suas funções de legislar, o Executivo considera a lei criada inconstitucional. Mas quando o poder Executivo tem interesse “finge que não vê”, e a Lei passa a viger.
Vejamos o que diz nossa Constituição:
Art. 37,II "- A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação em concurso público.....,as nomeações para cargo em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração:”
Nesse sentido, considerando a separação dos Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário -, cada um tem a liberdade de aplicar o art. 37, II, e destinando-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento, dita o art. 37, IV.
Então, o que ocorre hoje é esta aparente controvérsia jurídica em que o Projeto de Lei 509/2003 tenta por “ordem na casa”. Porque pela hierarquia das Leis, Lei Federal se sobrepõem a todas, principalmente se for especial.

Solução Jurídica:
NADA impede que o Poder Executivo municipal envie projeto de Lei, à Câmara dos Vereadores (o que não pode é a Câmara tomar a iniciativa, neste caso, porque estaria exorbitando de sua competência) para aprovar Lei, regulamentando eleições livres nas escolas municipais. Afinal vivemos em um país democrático e presidencialista, onde há previsão constitucional de eleições livres.
E por que até hoje não foi regulamentada? Porque os políticos querem, precisam nomear, indicar toda sorte de pessoas que ajudaram a segurar bandeirinhas nos comícios e campanhas eleitorais. Pouco se importando com competência. E o resultado é o que sabemos. O pior!
Fonte de consulta: José R. R. Duarte (bacharel em Direito)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Solidariedade

A nossa colaboradora, Heloísa Crespo, informa que de Campos dos Goytacazes sairá, semanalmente, um caminhão com destino à Região Serrana levando material para as vítimas das enchentes. O próximo será amanhã, terça-feira, dia 25/01/2011, saindo do Supermercado SuperBom BR.
As doações poderão ser entregues no local acima citado ou até 17 horas de hoje na OAB - Campos, na rua Barão da Lagoa Dourada, 201.

Piso e carreira andam juntos

Em 3 de janeiro de 2011 foi publicada, no Diário Oficial da União, Secção 1, páginas 4/5, a Portaria Interministerial nº 1.459, de 30 de dezembro de 2010, a qual estabeleceu o valor anual mínimo nacional por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), referente aos iniciais do ensino fundamental urbano, para 2011, à quantia de R$ 1.722,05.

Em comparação ao valor anual mínimo do Fundeb de 2010 (R$ 1.414,85), o percentual de reajuste foi de 21,71%.
A Lei 11.738, que regulamenta o piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica, estabelece que:

“Art. 5º O piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009.

Parágrafo único. A atualização de que trata o caput deste artigo será calculada utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente, nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.”

Dada a vigência, sem alteração, da Lei do PSPN – em especial do artigo que trata do reajuste anual – a CNTE orienta a correção dos vencimentos mínimos iniciais das carreiras de magistério, em âmbito dos planos de carreira estaduais e municipais, neste ano de 2011, ao valor de R$ 1.597,87, considerando a aplicação de percentual de 21,71% sobre R$ 1.312,85, praticado em 2010.

Diretoria Executiva da CNTE
Brasília, 13 de janeiro de 2011

CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
Colaboração: Prof. Carlos Fabiano de Souza

domingo, 23 de janeiro de 2011

Concurso para professores


Amanhã, 24/01, sai o edital do concurso para professor I (do 6º ao 9º ano do Fundamental e Nível Médio) da rede estadual RJ de educação. São 1.362 oportunidades para docentes de Física e Matemática.
Se a promessa do Governo é melhorar a qualidade da escola pública e consequentemente o salário do professor, essa é uma boa oportunidade.
Colaboração: Prof.Adilson Alves da Silva

Escola sem professor

Por Erivelton R. Almeida
Não existe professor sem aluno, mas pode existir aluno sem professor. Quem comprova essa afirmativa é uma Escola de Ensino Médio, North Miami Beach, nos Estados Unidos que está aplicando programas nos quais os temas centrais são lecionados usando computadores em uma sala de aula sem professor. Um "facilitador" fica na sala para garantir o progresso dos estudantes e lidar com problemas técnicos.
Essas salas, também conhecidas como laboratórios de virtuais, foram postas em prática em agosto passado, como resultado da Emenda de Redução das Salas de Aula da Flórida, aprovada em 2002. A emenda limita em 15 o número de alunos permitidos nas salas de aula, mas não em laboratórios virtuais (jeitinho americano?).
Como tudo que é novo (nem tão novo!) a iniciativa está causando insatisfação entre os estudantes e dividindo a opinião de professores, pais e especialistas.
Recordando a infeliz frase de Juracy Magalhães (militar revolucionário de 1964) quando assumia o posto de embaixador do Brasil em Washington, que disse “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil" é bem provável que a idéia não demore a ser implantada pelas “boas” escolas de nosso país. É aguardar pra vê!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Problemas com Enem e Sisu podem acelerar saída de Ministro

Dilma Rousseff já não esconde mais sua insatisfação com o ministro da educação Fernando Haddad. A pasta dele já tinha apresentado sérios problemas com o Enem, e nesta semana houve falhas no Sisu, sistema de distribuição de vagas em universidades públicas.
Ainda assim, o ministro queria sair em férias, o que deixou Dilma extremamente aborrecida.
Fernando Haddad continua no ministério por um pedido de Lula. Ele nunca foi o preferido de Dilma para o cargo.
Se Lula liberar Dilma, Fernando Haddad pode cair nos próximos dias. Já se dá praticamente como certo que ele não estará mais no governo quando o carnaval chegar.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Desembargador derruba liminar que estendia SiSU

E a novela continua...
O presidente do Tribunal Federal do Rio de Janeiro, desembargador Paulo Espírito Santo, aceitou recurso do Ministério da Educação e derrubou a liminar que concedia uma semana a mais de tempo para que candidatos se inscrevessem no Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Com isso, apenas as pessoas que se inscreveram até às 23h59 de ontem concorrem as vagas. O resultado será divulgado na segunda-feira.

MEC pede prazo e vai recorrer

O Ministério da Educação anunciou hoje (21/01) que vai pedir um prazo para adaptar o seu sistema para cumprir a decisão da Justiça Federal que prorrogou as inscrições do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para 26 de janeiro, apenas aos estudantes do estado do Rio de Janeiro.

Ainda nesta sexta-feira, segundo a assessoria do MEC, a Advocacia Geral da União (AGU) deve entrar com recurso em favor do ministério para derrubar a decisão da Justiça do Rio. Em nota, o ministério disse, ainda, que ao isolar somente os candidatos do Rio de Janeiro estaria configurando uma quebra da isonomia, uma vez que a disputa por vagas é nacional e envolve estudantes de todos os estados da federação.

O MEC mantém o calendário do SiSU que indica para a próxima segunda-feira (24) a divulgação da primeira chamada dos candidatos aprovados no SiSU. Os estudantes selecionados poderão efetuar a matrícula na instituição de ensino entre os dias 27 e 31 de janeiro, sempre nos dias úteis. Outras duas chamadas serão realizadas nos dias 4 e 13 de fevereiro.

Colaboração: Prof. Carlos Fabiano de Souza

Abaixo-assinado

PROFESSORES PODEM TER O MESMO REAJUSTE SALARIAL DOS SENADORES

Os senadores Cristovam Buarque e Pedro Simon apresentaram em 16/12/2010 projeto de lei estendendo o mesmo reajuste salarial concedido aos senadores para o Piso Salarial Profissional Nacional para os professores da educação básica das escolas públicas brasileiras.
Com o reajuste de 61,78% do aumento dos senadores, o piso salarial dos professores passará de 1.024,00 para R$ 1.656,62, valor inferior ao valor pago aos parlamentares a cada mês: R$26.723,13.
Para o senador Cristovam Buarque, “a desigualdade salarial é substancial, talvez a maior em todo o mundo, com consequências desastrosas para o futuro do Brasil”.
Na opinião do senador, a aprovação do reajuste de 61,78% para os professores da educação básica permitirá, ao Senado, uma demonstração mínima de interesse com a educação das nossas crianças e a própria credibilidade da Casa.
Colaboração Profa. Simone Peixoto

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Justiça prorroga inscrições do SiSU para estudantes do RJ

A Justiça Federal do Rio de Janeiro prorrogou as inscrições do Sistema de Seleção Unificada (SISU) que terminariam às 23h59 desta quinta-feira (20) para 26 de janeiro, apenas aos estudantes do estado.
As inscrições do SiSU começaram no último domingo (16) e estavam programadas para terminar na quarta-feira (18), mas foram prorrogadas por decisão da Justiça. Nos primeiros dias, os estudantes enfrentaram dificuldades para acessar o sistema, que ficou sobrecarregado em função do grande volume de acessos. Segundo o MEC, a situação já foi normalizada.
De acordo com o MEC, o número de inscritos no SiSU está dentro da média das edições anteriores da prova. Segundo o ministério, o total de participantes inclui também “aqueles que fizeram [o SiSU] apenas para conseguir a certificação do ensino médio; os que pretendem vagas no Prouni; os que buscam bolsas no Fies; os treineiros e, finalmente, aqueles que, ao tomar conhecimento das notas de corte, já se consideraram impossibilitados de disputar uma vaga”.
Colaboração do Prof. Adilson Alves da Silva

A matemática da educação escolar

Por Erivelton R. Almeida

“A escola é um lugar em que cabem poucas experiências diretas sobre o mundo em geral, por mais que queiramos aproximá-la da vida e tirá-la do mundo em que se encerrou.” (SACRISTÁN, J. GIMENO, in Educar e conviver na cultura Global: as exigências da cidadania. Porto Alegre, Artmed, 2002, p.38)

Um das causas apontadas por especialistas em Educação quanto ao “fracasso escolar” é a omissão da família. O colega e bom professor, Valdecy Passos, comentando um dos textos em nosso blog diz: “não nos esqueçamos do papel importantíssimo que os pais poderiam representar, sendo mais presentes e envolvidos no processo educacional de seus, às vezes, "NAIVE" filhos.”
Para marcar ainda mais essa posição, vejamos:
Se o dia tem 24 horas e se o aluno passa em média 5 horas na escola, sua permanência na instituição representa aproximadamente 21% do seu dia.
Avançando, se uma semana tem 7 dias, ou seja 168 horas, e se o aluno passa 25 dentro da escola, isso corresponde a aproximadamente 15%.
Considerando ainda uma carga horária anual de 200 horas, e se no ano temos 8.760 horas, quer dizer que durante o período letivo ele passa no máximo 11,5% do seu tempo dentro da escola. Pouco, né?
Quer mais? Descontando o tempo que ele leva dormindo (33,3%), ainda sobram 55,5% sob a responsabilidade da família, ou seja, 5 vezes mais de tempo do que passa dentro da escola.
Tá surpreso? Eu também! E ainda tem muita gente colocando sobre a escola a total responsabilidade pela formação da criança e do adolescente. E você? O que acha?

Orçamento estadual para 2011: investimento mínimo em educação

por Carlos Fabiano de Souza
Não é novidade alguma declarar que a rede estadual de ensino tem enfrentado inúmeros problemas ao longo dos anos, principalmente no que se refere à desvalorização do profissional da educação. No entanto, o governo Cabral passou os quatro anos do seu mandato investindo o menor valor possível em educação. Para 2011, a situação será a mesma: utilizando-se de manobras contábeis e de brechas na lei, o governo estadual vai economizar dinheiro na educação para pagar dívidas e financiar as obras dos grandes eventos que beneficiarão apenas os empresários e as empreiteiras que financiaram sua reeleição. Vejamos:
Orçamento total do Estado: R$ 54.406.198.618,00
Receita resultante de impostos e transferências à R$ 24.819.924.133,00
                                 Despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino (Secretaria de Estado de Educação) à R$ 3.057.631.964,00
Valores que o estado transfere aos municípios a título de Fundeb e que são contabilizados como gastos em educação à R$ 1.784.772.300,00
Ou seja, em 2011, Cabral pretende investir na educação básica (ensino fundamental e médio) apenas 12,3% da receita de impostos. Esse valor corresponde a apenas 5,6% do orçamento total do Estado. Com esse nível de investimento, a educação do estado do Rio não conseguirá sair da situação calamitosa em que se encontra.
Adaptado de “Orçamentos públicos: retratos do descaso dos governos com a educação.” Fonte: Jornal Conselho de Classe, dezembro de 2010.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ler emagrece

Um estudo encomendado pela rede de livrarias britânicas Borders reforçou o ditado “mente sã, corpo são”. O ato de ler já gasta algumas calorias, porém o estudo comprovou que ao ler livros de ação, sexo e suspense, a taxa média de calorias que são gastas dobra.
Isso se dá ao fato de que livros ligados a esses temas provocam a produção de adrenalina, um hormônio que prepara o corpo para situações de estresse, reduzindo o apetite e queimando calorias.
A pesquisa ainda cita os livros que geram mais adrenalina, ou seja, que mais emagrecem. Encabeçando a lista está “Polo”, de Jilly Cooper, que provoca a queima de 1,1 mil calorias (equivalente a um Big Mac), seguido do famoso “Código da Vinci”, queimando 855 calorias (uma barra de chocolate). Ainda estão na lista dos mais “diets”, títulos como “O Exorcista” de William Blatty e “O Iluminado” de Stephen King.
Curiosidades - Brasil Escola in http://www.brasilescola.com/educacao/


Wilson Risolia: ‘Mestre terá bônus proporcional a cada unidade em que leciona’

O 13º secretário na Educação do estado do Rio de Janeiro em 14 anos contou a O DIA os planos de volta às aulas, no próximo dia 7, nas 1.462 escolas da rede. Há duas semanas no cargo, Wilson Risolia anunciou centralização da compra da merenda para cortar gastos e exoneração de diretores que não cumprirem o Plano de Metas por 2 anos seguidos. Já o bônus para quem atingi-las será proporcional à carga horária dos professores. Quem tiver duas matrículas ou GLP (hora-extra) em mais de uma escola receberá por todas que atingirem meta da secretaria. Risolia promete abrir concurso para Nível Médio, aplicar provão para 1,25 milhão de alunos e dar bolsa para universitários atuarem no reforço escolar.
Veja a entrevista completa em: http://odia.terra.com.br/portal/educacao/html/2011/1/wilson_risolia_mestre_tera_bonus_proporcional_a_cada_unidade_em_que_leciona_137808.html

Contribuição de Heloísa Crespo

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Liberdade ou prisão?

por Carlos Fabiano de Souza

 
Refletindo sobre o uso dos termos Grade e Curricular

Há grupos de palavras que causam estranheza no que tange à tradução dos termos isolados. Digo isso porque sempre me causou dúvida a utilização de grade curricular para se referir ao caráter de interdependência e temporalidade entre as disciplinas e atividades do currículo de um curso.
Vejamos o seguinte: o termo grade pressupõe ‘prisão’; remete-nos ao ato de prender o que caracterizaria uma privação completa da liberdade. Por outro lado, o termo curricular relaciona-se diretamente ao ‘currículo’ cuja definição tem ganhado novas concepções nos últimos anos segundo alguns estudiosos. Chamou-me especial atenção o apontamento feito por Tomaz Tadeu da Silva no seu livro “Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo acerca do currículo”, quando diz: “É através de um processo pedagógico que permita às pessoas se tornarem conscientes do papel de controle e poder exercido pelas instituições e pelas estruturas sociais que elas podem se tornar emancipadas ou libertadas de seu poder e controle.” (2003, p.54).
Percebe-se que a visão apresentada compreende o currículo por meio dos conceitos de emancipação e libertação. Ah, sendo assim, fica mais fácil compreender o porquê da utilização dos termos grade e curricular, ou seja, a conquista da liberdade surge a partir da consciência adquirida (através do ensino) sobre o papel opressor exercido pelas instituições e estruturas sociais e tudo mais que nos controla e aprisiona. Certo? Bem, um tanto quanto confuso tal relação se associá-la aos termos em questão. Se compreendermos a escola como um grande espaço propício à socialização, um lugar que permita aos educandos fazer uso da criatividade, alimentar seus mais íntimos e profundos sonhos; um local de ousadia, inovação e sobre tudo permeado por diferentes vozes, fica realmente difícil compreender o porquê de continuar usando a expressão grade curricular. Já que criatividade, inovação, sonhos, ousadia e vozes são vocábulos que pressupõem ‘liberdade’, que valor semântico teria a utilização da palavra ‘grade’ neste contexto?
É necessário lembrar que nosso maior objetivo deve ser formar cidadãos conscientes e transformadores. Portanto, é preciso que, enquanto educadores também conscientes e comprometidos com o processo ensino-aprendizagem, não continuemos presos a um conceito tão deturpador. Ora, manter-se em lugar comum é estar preso às amarras que nos impedem de mudar a realidade circundante. Não há porque transformar-se em um professor aprisionado pelo uso corriqueiro de termos conflitantes.
Assim, pela liberdade crítica que deve integrar toda ideologia voltada ao currículo, digamos NÃO ao uso de GRADE CURRICULAR.

“O que dá pra rir dá pra chorar”

Por Erivelton R. Almeida
 
Quem nunca recebeu aqueles e-mails que trazem escritas com "erros grosseiros" de alunos, consideradas ironicamente como “verdadeiras pérolas”? São textos extraídos de provas por este Brasil a fora, que mostram desde o desconhecimento das normas básicas de gramática à falta de coerência em decorrência da alienação com os fatos que os rodeiam.
Isso tem sido motivo de chacotas e zombarias por parte de muitos, principalmente de professores, o que é LAMENTÁVEL. Imagine um médico, após um tratamento prolongado de um paciente, que não conseguiu se reestabelecer, passar a zombar do doente por não ter respondido bem ao tratamento. Acredito que nós, professores, sejamos o único segmento profissional que tripudiamos sobre aqueles com os quais deveríamos ter a solidariedade necessária.
Em tempos de superficialidades, pobreza intelectual e falta de visão crítica da realidade, não sou tolo em achar que somos os responsáveis pelo caos que se estabeleceu na Educação Escolar, mas sim que somos parte importante no processo e que sempre podemos fazer algo para mudar este estado de coisa do que simplesmente ironizar.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A questão polêmica

Na prova de Língua Portuguesa do maior vestibular do país, FUVEST-2011, a 6ª questão gerou muita polêmica e reclamação por parte dos vestibulandos. É que para respondê-la o aluno teria que dominar algumas competências. Veja abaixo e comente.

Flagrado na ilha de Caras, Fernando Pessoa disse que está bem mais leve que passou a ser um só.
LISBOA – Em pronunciamento que pegou o mercado editorial, o poeta e investidor Fernando Pessoa anunciou ontem a fusão dos seus heterônimos. Com o enxugamento, as marcas Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro passam a fazer parte da holding* Fernando Pessoa S.A. “É uma reengenharia”, explicou o assessor e empresário Mário Sá Carneiro. Pessoa confessou que a decisão foi tomada “de coração pesado”: “Drummond sempre foi um só. A operação dele é enxutinha. Como competir?”, indagou. O poeta chegou a pensar em terceirizar os heterônimos através de um call-center** em Goa, mas questões de gramática e semântica acabaram inviabilizando as negociações. “Eles não usam mesóclise”, explicou pessoa.
HTTP://www.revistapiaui.com.br. Adaptado.
*Holding [holding company]: empresa criada para controlar outras empresas.
**Call-center: central de atendimento telefônico
a)      Esse texto tem apenas finalidade humorística ou comporta também finalidade crítica? Justifique sua resposta.
b)      Por que o “call-center” mencionado no texto seria localizado especificamente em Goa?

domingo, 16 de janeiro de 2011

Poetizando a (dura) realidade...

ÁGUAS DE JANEIRO
                                 Por Jaqueline Dias
Olho, atônita
Não acredito e até duvido
Que a natureza reclame, dê seu grito
Os ecos espantam a realidade
Estrondo das vias da mortandade
Choque: aos que dela se aproveitaram, sem maldade
Agora, a tragédia, da teoria que previa
O que muito o Poder sabia
Que o rio, do barro se aproveitaria
E como lama reclamaria
E ao seu lugar voltaria
Vazio, deixavam os lugares-lares
Cadê, dessa gente, os pilares?
E agora? Quem teria razão?
Governantes, cientistas ou a população?
Jobim me disse que era normal
Custava ler a canção, etc e tal?
Dos acontecimentos de março,
Vejo que não é bem assim
Pois janeiro leva vidas há décadas, enfim
E o caminho? Cada vez mais é o fim
Ponto, travessão, interrogação: não!
De paus, pedras, tocos e pontes...
Levam carrões, mansões formando montes
Recuso-me aceitar
Entender como normal
Esse, também, é nosso mal
Hipocrisia vadia
Ver normalidade
Em nosso janeiro de cada dia
Deixe a bestialidade de lado
Encare sua essência. Não é boato.
A decadência é fato.
Não seja como Pilatos no credo
As pessoas estão sem teto.
Na perversidade da salvação sem amanhã
Corpos que (re)criam o ficcional
De uma arte cinematográfica, é o caos, é o caos
É o calor que não termina
E traz consigo a rotina
De um março que se antecipou
Janeiro foi e chegou!
Memória arquivada! Rotineiro.
E pede: Autoridades, deem um jeito!
Vamos os problemas solucionar
Com lucidez tentar amar
Para essa gente encontrar
Algo em que se amparar.
Agora, é recomeçar!
Nossos mortos enterrar
Com a solidariedade contar
Resta ao menos uma agora, um presente
Futuro? Expectativa ardente
Diante da íris, atmosfera da torrente
A promessa de vida é nossa esperança  
Seguindo a canção por inteiro
Para que janeiro
Na união do rio com seus afluentes
De nós não venha misericórdia implorar.
No coração, promessa de vida, encontrar.
E tentar acreditar que no próximo ano
Janeiro e rios possam uma trégua deixar.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Vamos salvar o Meio Ambiente!

O Presidente do IBAMA se demitiu nesta semana (12/01), devido à pressão para autorizar a licença ambiental de um projeto que especialistas consideram um completo desastre ecológico: o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte.

Abelardo Bayama Azevedo não é a primeira renúncia causada pela pressão para construir Belo Monte. Seu antecessor, Roberto Messias, também renunciou pelo mesmo motivo ano passado, e a própria Marina Silva também renunciou ao Ministério do Meio Ambiente por desafiar Belo Monte.

A mega usina de Belo Monte irá cavar um buraco maior que o Canal do Panamá no coração da Amazônia, alagando uma área imensa de floresta e expulsando milhares de indígenas da região. As empresas que irão lucrar com a barragem estão tentando atropelar as leis ambientais para começar as obras em poucas semanas.

A mudança de Presidência do IBAMA poderá abrir caminho para a concessão da licença – ou, se nós nos manifestarmos urgentemente, poderá marcar uma virada nesta história. Vamos aproveitar a oportunidade para dar uma escolha para a Presidente Dilma no seu pouco tempo de Presidência: chegou a hora de colocar as pessoas e o planeta em primeiro lugar. Assine a petição de emergência para Dilma parar Belo Monte – ela será entregue em Brasília, quando conseguirmos 150.000 assinaturas. Clique no endereço abaixo e clique, novamente, no link que aparece:
Fontes:
Vídeo sobre impacto de Belo Monte: http://www.youtube.com/watch?v=4k0X1bHjf3E
Dilma: desenvolvimento com preservação do meio ambiente é "missão sagrada":http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110101161250&assunto=27&onde=Politica
Marina Silva considera "graves" as pressões sobre o Ibama:
Colaboração de Heloísa Crespo