sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ensino à moda “Lady Kate”

Por Carlos Fabiano de Souza
Alunos estão pagando por um bom ensino? Bem, dizem as más (e também boas) línguas que “tudo que é pago é melhor”. No entanto, tenho que discordar. Infelizmente, muitas instituições de ensino (superior) privadas estão diante de um grande desafio para os próximos anos: provar que a QUALIDADE DO ENSINO oferecido por elas é o verdadeiro diferencial. Para isso, teriam que abrir mão de algumas regalias. Seria possível? Um caso a ser pensado com cuidado, pois comumente retornamos aos velhos paradigmas. Fato é que o dinheiro é a válvula mestra que impulsiona estas instituições, já que o papel empresarial parece sobrepor o caráter educacional (o qual deveria ser a verdadeira base ideológica aplicada na prática). Na verdade, o que se vê na prática é uma grande parcela da população estudantil, responsável por manter estas instituições-empresas, que quer apenas o PAPEL (diploma). Mesmo que para isso, estes alunos tenham que se contentar com a política do ‘jeitinho mais fácil’, pois eles mesmos determinam as regras do jogo.
POLÍTICA DO “TÔ PAGANO!”
Os alunos pagam (não para receber o produto como determinam as normas de ensino da instituição) e querem exigir de que maneira deve funcionar o sistema. E o pior é que muita instituição tem aderido a tal política. É a velha história: ‘se abrir demais as pernas, depois será difícil fechá-las’. Mas quem se incomoda?

Bem, meus caros, foi-se o tempo em que pagar era sinônimo de obter um bom produto. Principalmente quando o ‘cliente’ quer sempre MENOS. Espantoso é saber que muitos deles pagam um preço ALTO, seja pelo valor das mensalidades, ou mesmo pelas consequências futuras! Quanta ignorância! O que deve ser feito então? Como reverter tal situação? Ah, parece difícil, mas não impossível. Qual a sua opinião a respeito do ENSINO À MODA ‘LADY KATE’?

Um comentário:

  1. Prezado amigo,
    Sempre existirão os que se contentam apenas com o papel, mas acredito que ecos da era do conhecimento estão em plena propagação e tem transformado harmoniosamente o som que demanda capital intelectual.
    Tenho esperanças de que a formação da grande orquestra comece nota a nota, pautadas por claves, intervalos, acordes e escalas da(na) educação básica.
    “Pagano” ou não, sempre teremos adeptos a todos os estilos musicais e quanto à moda sempre cumprirá sua condição efêmera. Valeu a reflexão e continue enriquecendo-nos com seus textos. Um abraço

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