Por Erivelton R. Almeida
Não existe professor sem aluno, mas pode existir aluno sem professor. Quem comprova essa afirmativa é uma Escola de Ensino Médio, North Miami Beach, nos Estados Unidos que está aplicando programas nos quais os temas centrais são lecionados usando computadores em uma sala de aula sem professor. Um "facilitador" fica na sala para garantir o progresso dos estudantes e lidar com problemas técnicos.
Essas salas, também conhecidas como laboratórios de virtuais, foram postas em prática em agosto passado, como resultado da Emenda de Redução das Salas de Aula da Flórida, aprovada em 2002. A emenda limita em 15 o número de alunos permitidos nas salas de aula, mas não em laboratórios virtuais (jeitinho americano?).
Como tudo que é novo (nem tão novo!) a iniciativa está causando insatisfação entre os estudantes e dividindo a opinião de professores, pais e especialistas.
Recordando a infeliz frase de Juracy Magalhães (militar revolucionário de 1964) quando assumia o posto de embaixador do Brasil em Washington, que disse “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil" é bem provável que a idéia não demore a ser implantada pelas “boas” escolas de nosso país. É aguardar pra vê!
Será o fim do Professor? ou pelo menos do tradicional modelo de educador que conhecemos? É certo que aqueles que não se adptarem aos novos modelos, baseados nas novas relações humanas de virtualismo, serão engolidos pela possível mudança. Pelo menos esse modelo traz consigo um novo conceito de aluno de verdade, não aquele que faz média ou se contenta com o reconhecimento alheio dado ao "bom aluno", mais aquele que realmente busca a informação, à critica e transforma em conhecimento, seja na engomadinha sala de aula ou em seu lap top sentado num canto qualquer. E convenhamos que para isso não é necessário o tão famoso professor empurrador de informações. Um brinde ao virtual real, um brinde as mudanças, um brinde aqueles que se adaptam a elas sem perder a sua essência, um brinde a vc meu Velho.
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