terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sobre o Plano de Metas para a Educação - Rio

Colaboração da assistente social e profa. Dinês Rangel

[...] Especialistas em Educação ouvidos por O DIA concordam que programas de reciclagem de professores são importantes para melhorar o ensino estadual. Mas defendem o diálogo com a categoria e a avaliação das escolas, caso a caso. Professora da Faculdade de Educação da UERJ, Miriam Paura, acredita que as unidades de ensino estaduais do Rio podem, sim, dar um salto de qualidade em quatro anos.

“Acredito na possibilidade de realizar essa meta no momento em que o governador está comprometido para que isso aconteça”, diz. Ela pondera, no entanto, que é preciso ouvir todos os envolvidos antes de tomar as medidas. “É importante não simplesmente adotar normas, decisões, de cima para baixo, mas ouvir as escolas, os professores, para saber de fato as necessidades e a realidade de cada escola”, observa.

Danilo Serafim, coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do estado, defende que a reciclagem de professores seja constante. “A formação do profissional tem que ser continuada, indistintamente. Todo professor tem que ter acesso a pós-graduação, mestrado. Tem que haver convênios com universidades. Essa formação tem que ser financiada pelo estado”, afirma. Para ele, o mau desempenho das escolas também está relacionado aos baixos salários. “Existe uma carência enorme de professores. Há alunos que cursam o Ensino Médio e vão fazer vestibular sem nunca ter tido aula de Química ou Física. O piso no estado é de R$ 700 e isso causa êxodo de professores, que preferem trabalhar na rede particular.
Alesandra Horto, publicado em 03/01/2010, Jornal O DIA. 

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