Os Alunos que prestaram o Exame Nacional do Ensino médio
(Enem) de 2011 apresentaram um pior desempenho se comparado à avaliação
anterior. Enquanto a média final da avaliação realizada no ano passado ficou em
494, 8, em 2010 o resultado foi equivalente a 511,21.
O Ministério da Educação (MEC) atribui o declínio à
ausência da nota da redação na média. Nacionalmente, a média dos concluintes do
Ensino médio das Escolas públicas foi inferior aos da privada. Entre as 50
Escolas melhores colocadas, só três são públicas e estão localizadas em Minas
Gerais, Espírito Santo e Pernambuco. Com relação ao melhor desempenho nacional,
o Distrito Federal ocupa o 4º lugar. A diferença de pontuação entre as públicas
e privadas foi de 474,2 e 569,2 respectivamente.
DF, o colégio particular melhor classificado foi o Olimpo.
O diretor de Ensino do estabelecimento, Dalton Franco, avalia que a
classificação é resultado de um trabalho em equipe. Segundo o Educador, o bom
rendimento estimula cada vez mais os estudantes. “Os nossos Professores
preparam os Alunos para todos os vestibulares e exames nacionais, além da
Universidade de Brasília (UnB) e o Enem”, informou. Entre as Escolas da rede
pública, o Colégio Militar Dom Pedro II. O melhor colocado, apresentou um
rendimento superior com uma pontuação equivalente a 578,29 pontos distribuídos
entre um percentual de 62% dos que prestaram o exame.
O pior rendimento no DF, entre as Escolas públicas, foi
atribuído ao Centro Educacional (CED) Taquara localizado em uma área rural de
Planaltina. O CED 2, do Cruzeiro Norte, ocupou a 42ª colocação de pior
rendimento do Enem. Segundo a diretora Keila Alvarim, o resultado reflete à
situação de a maioria dos Alunos ser oriunda do programa de Educação de Jovens
e Adultos. “Os Alunos regulares são mais focados no PAS e nos vestibulares da
UnB e o Enem interessa mais aos estudantes do EJA que trabalham o dia todo e
não têm tempo de uma maior dedica- ção aos estudos”, aponta.
Diferenças chocantes de realidades
O Centro de Ensino médio Integrado à Educação Profissional
(Cemi), localizado no Gama, ficou em segundo lugar entre as públicas do DF. O
estabelecimento promove Ensino em tempo integral e aposta na iniciação
científica para aumentar o rendimento dos estudantes. Segundo o diretor Ariomar
da Luz, “os 480 adolescentes matriculados no Cemi são constantemente
encorajados a participar de projetos pedagógicos. Chegamos a receber uma menção
honrosa da Unesco por um projeto que ensinava braile aos estudantes por meio de
um computador”, disse o diretor.
O entusiasmo é compartilhado por estudantes, que não
poupam elogios ao falar do local onde passam a maior parte do dia. “N os sa
casa é quase só para dormir”, relatou Diego Lima, 17 anos. Ele integra o grêmio
estudantil do Cemi ao lado de Maria de Fátima, da mesma idade. Ambos apontam a
importância do corpo Docente no crescimento dos jovens: “É um grupo de
Professores diferenciado.
Eles têm uma relação maior com os Alunos em comparação com
outras Escolas que estudei.” Realidade bem diferente é vivida pelo último
colocado da lista do Enem, o Centro Educacional Taquara, em Planaltina.
Construída nos anos 70, a Escola nunca recebeu uma reforma estrutural.
Computadores, por exemplo, são artigos de luxo quando as necessidades imediatas
são abastecimento de água e energia elétrica. Em Taquara falta, por exemplo,
Professores de geografia e matemática para que os Alunos não percam mais aulas.
Fonte: Jornal de Brasília (DF)
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