Reduziu-se em aproximadamente 7% o número absoluto de
Analfabetos com 15 anos de idade ou mais no País entre 2004 e 2009, afirma um
estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entidade vinculada
ao governo federal. O trabalho baseou-se em estatísticas da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad), efetuada em 2009, devendo se observar que a
tendência positiva ocorreu em todas Regiões do País.
No período analisado pelo Ipea, as maiores variações da
taxa de Analfabetismo foram constatadas no Nordeste e no Norte.
Entretanto, apesar da melhora constatada, cresceram os
chamados Analfabetos funcionais que estudam no nível básico, compensando-se tal
distorção com a diminuição da proporção de Analfabetos funcionais, segundo
trabalho realizado pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Ação Educativa, com
apoio do Ibope. O mesmo levantamento oferece consistentes níveis de
Alfabetização de jovens e adultos brasileiros nos últimos 10 anos.
Define-se o Analfabeto funcional quando a pessoa aprende a
ler e escrever, mas não consegue entender o sentido de um texto. Entre 2001 e
2011, o domínio pleno da leitura caiu de 22% para 15% entre os que concluíram o
Ensino fundamental II, e de 49% para 35% nos que cursaram o Ensino médio. Com
nível superior, 38% não alcançam o nível pleno. Estes são os que lêem e
compreendem um artigo de jornal, comparam suas informações com outros textos e
são capazes de fazer uma síntese dele. Em Matemática, o nível é considerado
entre os que resolvem problemas envolvendo percentuais e proporção, além de
interpretarem tabelas e gráficos simples.
As dificuldades existentes exigem dos governos, em geral,
investimentos eficientes, com prioridade para os anos iniciais do Ensino. É nesse
momento que o problema surge e, por isso mesmo, neles deve nascer a sua
solução.
Fonte: Folha de Pernambuco (PE)
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