Entre as 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE)
2011-2020, aprovado no último dia 16 pela Câmara dos Deputados e a ser
encaminhado para exame do Senado Federal, estão a de universalizar, até 2016, o
atendimento escolar da população de quatro e cinco anos, e ampliar, até 2020, a
oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até três
anos.
O plano pretende ainda universalizar o ensino fundamental
de nove anos para toda população de seis a 14 anos, bem como universalizar, até
2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até
2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% nesta faixa etária.
Outra meta é a de universalizar, para a população de
quatro a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na
rede regular de ensino.
O plano também pretende alfabetizar todas as crianças até,
no máximo, os oito anos de idade; oferecer educação em tempo integral em 50%
das escolas públicas de educação básica; e atingir médias nacionais
progressivas para o Ideb até 2021.
Há também a meta de elevar a escolaridade média da
população de 18 a 24 anos, de modo a alcançar o mínimo de 12 anos de estudo
para as populações do campo, região de menor escolaridade no país e dos 25%
mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros,
com vistas à redução da desigualdade educacional.
Analfabetismo
Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até
2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de
analfabetismo funcional é outra das metas do PNE 2011-2020.
O plano também pretende oferecer o mínimo de 25% das
matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação
profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, além de
duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio,
assegurando a qualidade da oferta.
Outra meta é a de elevar a taxa bruta de matrícula na
educação superior para 50%, e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24
anos, assegurando a qualidade da oferta. O governo também quer elevar a
qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores
nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em
efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores.
O plano também pretende elevar gradualmente o número de
matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual
de 60 mil mestres e 25 mil doutores. Pretende garantir ainda, em regime de
colaboração entre a União, estados, Distrito Federal e municípios, que todos os
professores da educação básica tenham formação específica de nível superior,
obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Valorização
Outro objetivo é o de formar 50% dos professores da
educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu e garantir a
todos formação continuada em sua área de atuação.
O plano apresenta ainda as metas de valorizar o magistério
público da educação básica, a fim de aproximar o rendimento médio do
profissional do magistério com mais de 11 anos de escolaridade do rendimento
médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente; assegurar, no
prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do
magistério em todos os sistemas de ensino.
A última meta prevista no plano é a de garantir, mediante
lei específica aprovada nos estados, Distrito Federal e municípios, a nomeação
comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e
desempenho e à participação da comunidade escolar.
Fonte: Agência Senado
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