Na corrida para fazer parte do seleto grupo das nações
mais ricas do mundo, os países da América Latina e do Caribe se deparam com uma
grande barreira.
O Relatório de Monitoramento Global de Educação para
Todos, que será divulgado hoje pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), mostra que oito milhões de jovens entre
15 e 24 anos - ou um em cada 12 - da região nem mesmo completaram o quinto ano
do Ensino Fundamental e precisam de caminhos alternativos para adquirir
habilidades básicas exigidas pelo mercado de trabalho.
Num conjunto de 123 países em desenvolvimento pesquisados, 200 milhões de pessoas nessa faixa etária estão na mesma condição. No mundo todo, mais de um quarto dos jovens estão desempregados ou trabalhando em ocupações que os mantêm na linha de pobreza ou abaixo dela. Num momento em que os países, sobretudo os da Europa, tomam uma série de medidas para afugentar a crise, a falta de qualificação profissional dos jovens torna-se mais preocupante do que nunca.
Num conjunto de 123 países em desenvolvimento pesquisados, 200 milhões de pessoas nessa faixa etária estão na mesma condição. No mundo todo, mais de um quarto dos jovens estão desempregados ou trabalhando em ocupações que os mantêm na linha de pobreza ou abaixo dela. Num momento em que os países, sobretudo os da Europa, tomam uma série de medidas para afugentar a crise, a falta de qualificação profissional dos jovens torna-se mais preocupante do que nunca.
- É um desafio que precisa ser enfrentado por toda a
sociedade, empresas e governos - disse Rebeca Otero, coordenadora de Educação
da Unesco no Brasil.
No Brasil, pelos dados da Unesco, um em cada cinco jovens
está desempregado - índice três vezes maior do que o verificado entre adultos.
Rebeca destacou que um dos maiores desafios do país é ter jovens com
competências suficientes para entrar no mercado de trabalho, como saber ler,
interpretar, falar bem e trabalhar em equipe.
Na avaliação da coordenadora, o governo tem tomado medidas
para suprir essa deficiência, como a expansão das Escolas de Ensino
profissionalizante. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad),
divulgada pelo IBGE no mês passado, mostrou que a taxa de Escolarização de
jovens de 15 a 17 anos caiu de 85,2% para 83,7% entre 2009 e 2011. Os dados da
Pnad incluem apenas o Ensino regular.
Para a Unesco, o Ensino Médio é o mínimo necessário para
que os jovens consigam empregos decentes. Mas, no universo de países
pesquisados, 250 milhões de crianças em idade Escolar primária não sabem ler
nem escrever.
O estudo calcula que serão necessários US$ 16 bilhões para
alcançar a Educação Primária universal até 2015.
Fonte: O Globo (RJ)
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