Pesquisadores
da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um software que permite
calcular qual a infraestrutura e os investimentos necessários para que um
determinado grupo da população tenha acesso à educação de qualidade. O programa
– batizado Simulador de custos para planejamento de sistemas públicos de
educação básica em condições de qualidade (Simcaq) – mostra qual o montante
necessário a curto, médio e longo prazo para que a rede de ensino atenda
plenamente à demanda de alunos, mantendo boas condições. Além disso, o Simcaq é
capaz de estimar o impacto de gastos adicionais em educação no orçamento de um
município.
De acordo com
informações da Agência USP de Notícias, o software funciona a partir de dados
demográficos e educacionais inseridos pelo usuário. Para que o resultado seja
satisfatório, é importante que as informações venham de órgãos confiáveis, como
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O gestor
escolhe a localidade para o planejamento – um bairro ou uma cidade, por exemplo
–, o prazo desejado para a análise e os parâmetros de qualidade que se almeja
atingir. Este quesito envolve elementos como infraestrutura, metas de inclusão,
jornada escolar e condições de trabalho dos profissionais. O restante fica por
conta do programa, que calcula número de matrículas, turmas, salas,
infraestrutura, profissionais e materiais necessários.
A criação do
Simcaq é fruto da tese de doutorado do administrador Thiago Alves, que contou
com a colaboração de dois pesquisadores e dois professores-orientadores. O
simulador realizou testes com dados do sistema educacional das cidades de
Cezarina, Goiatuba e Águas Lindas, em Goiás. O resultado: para atingir a
qualidade desejada em um prazo de dez anos, os municípios teriam que investir
pelo menos 7% a mais em educação. O programa ainda passa por aprimoramentos.
Fonte: Veja.com
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