sábado, 19 de fevereiro de 2011

Planejamento ou Plano?


 
Quando iniciei minha caminhada na Educação estranhei a confusão gerada por muitos colegas pelo uso inadequado de algumas palavras. Na escola onde trabalhei uma profissional chegou à sala dos professores e disse-nos: “- Preciso que vocês entreguem o planejamento até a próxima semana!”
Estranhei! Como poderemos entregar algo que é abstrato? Seria o mesmo que dizer: Preciso que vocês entreguem a dedicação, o amor ou o comprometimento até a próxima semana! Na verdade, ela se referia ao “Plano” e não “Planejamento”. Senão vejamos:
Planejamento (substantivo abstrato) “é um processo, um conjunto de tarefas que são desempenhadas para alcançar as metas comuns e determinar os objetivos, estruturando a melhor maneira de atingi-los”. Dessa maneira, há uma concentração de esforços e utilização de recursos mais eficientes. O planejamento estratégico significa pensar a organização escolar como um todo em sua relação com o ambiente, numa perspectiva de futuro; é ver o todo antes das partes. Criar uma visão de futuro e os meios de alcançá-lo. Daí a importância de analisar o ambiente para definir a missão e escolher as estratégias de ação (posicionamento). “O planejamento serve de base para a preparação do plano de ação e, ainda, para a análise estratégica do objetivo a ser alcançado, ajudando a entender melhor a situação atual e as melhores alternativas ou meios para atingir os objetivos e as metas estipuladas. Os itens principais que contêm o planejamento estratégico são: identidade do processo a ser alcançado (visão, missão e valores); análise do problema, objetivos estratégicos e estratégias, táticas e plano de ação”.
Plano (substantivo concreto) “é formulação do produto final da utilização de determinada metodologia de planejamento. Documento formal que consolida as informações, atividades e decisões desenvolvidas no processo. Descrição do curso pretendido das ações”, ou seja, é o resultado final, a materialização da tarefa de planejamento.
E o que não faltam na Educação Pública são projetos (detesto essa palavra, que semanticamente cheira à gaveta emperrada), muitas vezes mal planejados, porque focam nos efeitos, desperdiçando tempo do servidor (ele é pago com os impostos e taxas oriundos do sacrifício de milhões de brasileiros) e dinheiro (que quando público não há preocupação com o custo-benefício).
Aliás, para nós professores, uma boa aula começa com um bom planejamento, cujo foco deve ser sempre o aluno (nossa matéria-prima) e não os conteúdos.
Boa aula!
Prof. Erivelton R. Almeida

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