domingo, 28 de outubro de 2012

Analfabetismo funcional

Reduziu-se em aproximadamente 7% o número absoluto de Analfabetos com 15 anos de idade ou mais no País entre 2004 e 2009, afirma um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entidade vinculada ao governo federal. O trabalho baseou-se em estatísticas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), efetuada em 2009, devendo se observar que a tendência positiva ocorreu em todas Regiões do País.
No período analisado pelo Ipea, as maiores variações da taxa de Analfabetismo foram constatadas no Nordeste e no Norte.
Entretanto, apesar da melhora constatada, cresceram os chamados Analfabetos funcionais que estudam no nível básico, compensando-se tal distorção com a diminuição da proporção de Analfabetos funcionais, segundo trabalho realizado pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Ação Educativa, com apoio do Ibope. O mesmo levantamento oferece consistentes níveis de Alfabetização de jovens e adultos brasileiros nos últimos 10 anos.
Define-se o Analfabeto funcional quando a pessoa aprende a ler e escrever, mas não consegue entender o sentido de um texto. Entre 2001 e 2011, o domínio pleno da leitura caiu de 22% para 15% entre os que concluíram o Ensino fundamental II, e de 49% para 35% nos que cursaram o Ensino médio. Com nível superior, 38% não alcançam o nível pleno. Estes são os que lêem e compreendem um artigo de jornal, comparam suas informações com outros textos e são capazes de fazer uma síntese dele. Em Matemática, o nível é considerado entre os que resolvem problemas envolvendo percentuais e proporção, além de interpretarem tabelas e gráficos simples.
As dificuldades existentes exigem dos governos, em geral, investimentos eficientes, com prioridade para os anos iniciais do Ensino. É nesse momento que o problema surge e, por isso mesmo, neles deve nascer a sua solução.
Fonte: Folha de Pernambuco (PE)

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