quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Olho no Ensino Médio

A Lei de Cotas, cuja regulamentação deve, finalmente, ser apresentada hoje pelo Governo Federal, contribuirá para melhorar o Ensino nas Escolas públicas, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao participar da abertura do seminário Qualidade do Ensino médio, promovido pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Para o ministro, com uma maior possibilidade de ingresso na universidade pública já a partir do próximo vestibular, os estudantes – especialmente negros, pardos, indígenas e os de baixa renda – e Professores se empenharão mais para melhorar a qualidade do Ensino.
No entanto, Mercadante lembrou que as instituições de Ensino Superior terão de se esforçar para garantir o pleno acompanhamento desses Alunos. Ele defendeu a participação das universidades federais na elevação da qualidade do Ensino médio do País. Para ele, a boa formação universitária do Professor garante um melhor rendimento dentro da sala de aula. "A universidade agora terá de se dedicar mais à formação dos Professores da rede pública. É um motivo a mais para trabalharmos juntos nesse processo".
Mercadante lembrou que, a partir de 2013, os Professores de Escolas públicas deverão receber tablets com toda a bibliografia da fase Escolar, e as Escolas deverão ser equipadas com rede de internet sem fio. Haverá ainda novos investimentos em formação inicial e continuada para Professores, diretores e gestores. 

IDEB
Apesar das deficiências ainda existentes, é possível se observar uma evolução no Índice de Desenvolvimento da Educação básica (Ideb) no período de 2005 a 2011, segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, que também participou do evento. No Ensino médio, o índice evoluiu de 3,4 para 3,7, atingindo a meta estipulada. Ainda de acordo com o dirigente, o salto é ainda maior no Ensino fundamental, cujo índice saltou de 3,8 para 5 no mesmo período (a média dos países desenvolvidos é 6). Para o presidente do Inep, isso pode significar que, no futuro, esses jovens contribuirão para um aumento no índice do Ensino médio. "O Brasil está melhorando, estamos avançando e vamos avançar. A pergunta é: a que velocidade queremos isso? Tem de ser rápido", concluiu.
SAIBA +
A partir do dia 16, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) vai discutir melhorias para o Ensino médio. Segundo o secretário de Educação básica do Ministério da Educação, Cesar Callegari, quando os estados indicarem qual é são seus projetos, o MEC oferecerá apoio técnico e financeiro.
Fonte: Jornal de Brasília (DF)

Nenhum comentário:

Postar um comentário