terça-feira, 12 de abril de 2011

7 pecados da reunião pedagógica

Sabe aquelas reuniões marcadas em sua escola e que após o encerramento você tem a impressão de que perdeu o seu tempo, pois é, a Revista Nova Escola aponta os erros mais comuns nesses encontros, que deveriam ser o ponto de partida na solução de muitos problemas dentro da instituição escolar.


1. Participação facultativa à A escola não obriga os professores a comparecer aos encontros de formação, pois:

- A rede não paga pelos horários de estudo coletivo.
- Os docentes trabalham em mais de uma escola.
- A prioridade é dada às tarefas individuais (como corrigir lição de casa), em detrimento das coletivas.

 

2. Ausência de regularidade das reuniões à Às vezes, o problema da obrigatoriedade é solucionado, mas não existe periodicidade para os encontros porque:
- As reuniões não estão previstas no calendário.
- Os encontros, quando marcados, são cancelados.
- A equipe só se reúne quando há alguma urgência. 

3. Inexistência de plano anual de formação à Ainda que os encontros sejam frequentes, o deslize aparece quando os temas não têm progressão ou conexão uns com os outros ou tratam de assuntos sazonais, como Copa do Mundo ou gripe H1N1. Isso acontece porque:
- Falta formação para o coordenador ser formador.
- Os profissionais não têm tempo de planejamento e instala-se a cultura do improviso na escola. 

4. Indefinição de pautas à O coordenador pedagógico pode até fazer um plano de formação, mas peca na condução dos encontros e se deixa atropelar por temas que não se relacionam com a prática de sala de aula. Isso geralmente ocorre quando ele:
- Esquece as necessidades de aprendizagem dos alunos ao organizar cada reunião.
- Detecta as necessidades, mas não estuda os conteúdos nem as didáticas específicas.
- Deixa que os docentes falem aleatoriamente sobre suas experiências sem relacioná-las às teorias.
- Tenta dar conta de muitos assuntos e não se aprofunda em nenhum deles.
- Fala sozinho durante todo o encontro, sem promover a interação entre os professores.
- Utiliza o tempo disponível para divulgar informes oficiais e administrativos. 

5. Inadequação do espaço à Não basta ter pautas bem planejadas e relacionadas com a prática pedagógica se os encontros de formação são realizados em locais tumultuados, como a secretaria da escola, ou em salas inadequadas. Os problemas com o espaço em geral surgem quando:
- A escola é pequena e não há sala para reuniões.
- Não há planejamento para o uso dos ambientes escolares e, na hora da reunião, arranja-se um local qualquer, com mobiliário improvisado (mais uma vez, a cultura do improviso ditando as regras). 

6. Uso de atividades de motivação à Às vezes, a gestão do tempo e do espaço é bem feita, mas os encontros são recheados com leituras para emocionar ou transmitir lições de moral; encenação de peças teatrais; apresentação de canções e propostas de pinturas e desenhos que nada têm a ver com a prática pedagógica; desabafos sobre fatos do dia a dia; palestras com profissionais que promovem a autoajuda; atividades em que os professores são desafiados a dar respostas certas e recebem prêmios; e uso de textos motivacionais. Isso ocorre porque:
- Os gestores não compreendem que tais atividades não melhoram de fato a prática pedagógica.
- Há confusão entre o que são questões pedagógicas e profissionais e o que são questões pessoais. 

7. Dispensa dos alunos à Ainda que os deslizes anteriores tenham sido evitados, na hora das reuniões os alunos não têm aulas - ou voltam para casa ou ficam soltos pela escola. Em geral, isso acontece porque:
- Os professores precisam participar da formação continuada no horário de aula, pois não recebem pelas horas de estudo.
- Não há professores auxiliares ou outros profissionais que desenvolvam alguma atividade ou projeto enquanto os docentes estudam. 

Para saber as soluções, acesse:

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