quarta-feira, 6 de abril de 2011

Mostrando a Língua - 02

Salve, gente!

Aquela história de ‘MINHA PESSOA’ continua em alta! Recebi perguntas que têm a ver (como há pessoas escrevendo haver, no lugar de a ver, não é? Triste, muito triste...) com o tal uso e transformei em dica. Pois bem:

1- De onde surgiu a expressão QUAL É SUA GRAÇA, significando ‘qual é seu nome?’

Lembram-se disso? Virgem Mãe! O uso é do tempo de guaraná com rolha, telefone preto com cadeado, ‘pulso’, ‘discar’!

A expressão é do início do século XX e se mantém em alguns lugares. Vem da cerimônia de batismo dos católicos, na qual o indivíduo se torna cristão e, segundo a doutrina católica, recebe a graça de Deus e, junto com a graça, o nome. A palavra graça provém também de grátis, derivado do latim gratiis (pelas graças, gratuitamente) e gratificar, que desde o século XV equivalia a agradecer.

Para aproveitar a motivação, lembram-se da resposta para a expressão?

─ Qual é sua graça?

─ Ambrósio, seu criado!

Esta vem de longe. Voltaire, ao encerrar suas correspondências com os reis, costumeiramente utilizava-se da expressão “seu criado”. A formalidade, no entanto, não o impediu de vibrar golpes contra o Absolutismo, nem de lutar com destemor pelas liberdades individuais.

O tempo, como podemos ver, determina usos e desusos e, por isso, algumas saudades. Lembro-me, agora, enquanto escrevo para vcs, do respeitoso cumprimento que dirigíamos às madrinhas ─ ‘Bença, madinha’. Se fosse nosso aniversário, com certeza ela perguntaria: ‘Quantas primaveras, minha filha’?

Ih, gente, bateu nostalgia, né?

É isso, pessoal! Até domingo, abraços da Edinalda.

Um comentário:

  1. Obrigada, Erivelton, pela possibilidade de democratizar mais um pouco nossas dicas!
    abçs da
    Edinalda

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