sexta-feira, 1 de abril de 2011

“Na sua opinião, o que é um bom professor?”

O site “Todos Pela Educação” lançou essa pergunta a representantes de 10 entidades nacionais e internacionais, entre elas o MEC, a UNESCO, o UNICEF, a UNDIME e a UNE. Quem conhece um pouco de Análise de Discurso percebe claramente que cada um respondeu de acordo com a perspectiva defendida pela instituição a qual representa, ou seja, “o sujeito fala de acordo com lugar em que se encontra”.

É evidente que se lançarmos a mesma pergunta a um sindicalista e a um secretário de educação teremos focos diferenciados na resposta. O primeiro irá condicionar sua posição inicialmente a um bom salário, a boas condições de trabalho, a benefícios, enquanto que o segundo irá focar no compromisso com os alunos, na dedicação à escola, etc.

Não existe um padrão quando se define o perfil de um profissional, até porque nenhuma definição abarca totalmente o objeto conceituado, por isso há em todas as respostas um pouco daquilo que cada um considera como resposta ideal.

Talvez pudéssemos mudar um detalhe na pergunta lançada: trocarmos o “o que” pelo “como”. E por que isso? Simples! O diferencial entre professores não está em “o que” ele é, mas em “como” ele faz.

Já vi inúmeros professores com títulos de mestres, de doutores e até de pós-doutores cujas práticas pedagógicas ficavam devendo bastante a outros que apenas fizeram graduação ou mesmo formação de professores. O aluno quer apenas um professor! O que parece muito pouco, mas não é. Título não dá competência a ninguém e a formação acadêmica pode ser útil para a projeção na carreira, mas o que determina um bom professor é o como ele faz do que sabe e no como ele se relaciona com seus alunos. Simples, não é?
Prof. Erivelton R. Almeida


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