Este é o tema da campanha que o site “Todos Pela Educação” lançou, nesta semana (terça-feira, 12). Desta vez, o foco é a valorização do magistério e o slogan é “Um bom professor, um bom começo”. “O objetivo é a valorização do bom professor, aquele que tem o foco no aprendizado de seus alunos e que, assim, contribui efetivamente para a melhoria da qualidade da Educação no Brasil”, afirma Priscila Cruz, diretora-executiva do movimento.
Mas qual deve ser a maneira para valorizar os bons professores? Para Mozart Neves Ramos, conselheiro do movimento, essa valorização passa necessariamente por quatro eixos: “salário inicial atraente, plano de carreira, formação inicial e continuada e boas condições de trabalho”.
“Sem bons professores não teremos bons médicos, bons economistas, bons engenheiros e nem mesmo outros bons professores. Valorizar os bons professores é uma lição de casa que todos nós precisamos fazer”, diz Mozart.
A campanha foi produzida pela DM9DDB, do grupo ABC e é composta por uma animação em stop motion para TV, anúncios para jornais e revistas, banners para internet e spots de rádio.
A animação e as peças da campanha seguem o mesmo conceito: em todas as conquistas, sejam elas grandes ou pequenas, existe a figura e o suporte de um bom professor em algum momento.
“Para traduzir a importância do ensino de uma forma lúdica, criamos anúncios que conversam com todos os públicos, passando por alunos, pais e professores, mostrando como o bom professor é essencial para formar um bom aluno”, comenta André Pedroso, diretor de criação da DM9DDB.
“A ideia é que as pessoas reflitam sobre a importância de um bom professor em suas vidas. Aquele que ajudou no aprendizado, que auxiliou na opção da carreira, que ensinou valores importantes. Todos esses profissionais contribuem efetivamente para a concretização do direito de aprender de todas as crianças e jovens”, aponta Priscila.
Assista ao vídeo:
Sou professora do Estado do Rio de Janeiro, e, sinceramnete, apesar dos muitos anos de profissão, há coisas impossíveis de entender.
ResponderExcluirHoje dei minha prova em duas turmas, com matéria dada, revisada, atividades feitas, e trabalho realizado na sala de informática. A maioria dos alunos entregou as provas em branco, com a seguinte justificativa: "Ai, professora, ano que vem, na dependência, é só fazer trabalhinho que a gente passa". Mentira? Não, pura verdade.
Acontece que esta praga chamada "dependência" permite ao aluno ser reprovado e até 2 matérias, sem ser retido na série que está. O problema é que já não há professores em número suficiente para as aulas regulares, quanto mais para aulas de dependência. E aí vem o famoso "jeitinho brasileiro". O que o professor mais ouve da cordenação pedagógica é que tem que dar um trabalhinho para ajudar;
Resultados: no final do ano há a "prova Brasil", e a exigência é que os alunos tenham um bom desempenho. Como? Além disso, no ano seguinte há alunos que simplesmente abandonam a dependência na imatura ilusão de que alguém vai acabar esquecendo daquilo. Pois bem, se ele é reprovado em matérias na série atual, acabará ficando retido, pois ele não pode ser reprovado em mais de 2 matérias.
Além do mais, na avaliação das escolas pelo Estado, há coisas realmente inacreditáveis, como o fato de, se alguma aluna engravidar, a escola perde pontos. Sinceramente, NUNHUMA ESCOLA SUBSTITUI A FAMÍLIA, e com o atual nível de abandono moral dos filhos por boa parte dos pais, jogar esta responsablidade em cima dos profissionais da educação é brincadeira!
Ah, e uma observação final, mas nem por isso menos importamte: os professores são a única categoria profissional do Brasil que não recebe abonos (não aumentos) salariais via negociação sindical, mas na base da chantagem :"se não fizer isto, não ganha aquilo".