quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

De cada 5 cursos, só 1 tem boa qualidade

Uma minoria de 11 cursos de graduação compõem a “elite da elite” do Paraná. Todos eles são públicos, seis ofertados por instituições federais e cinco por estaduais. Esses cursos estão no seleto grupo dos que alcançaram o Conceito Preliminar de Curso (CPC) 5, a nota mais alta possível, no triênio 2008-2010.
A lista é composta por 243 cursos brasileiros, de um total de 12.543 avaliados. A combinação de bons alunos e bons professores, além da existência de programas de pós-graduação de qualidade, ajudam a colocar um curso entre os melhores do país.
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) é a campeã entre as instituições, com 4 cursos de “elite”: Ciências Sociais, Geografia, Administração e Terapia Ocupacional. UEM (Secretariado Executivo e Agronomia), UTFPR (Tecnologia em Radiologia e Zootecnia, este último no câmpus de Dois Vizinhos), UEPG (Agronomia e Serviço Social) e UEL (Pedagogia) também aparecem na lista.
Para o chefe de departamento de Ciências Sociais da UFPR, Ricardo Oliveira, o conceito premia a qualidade dos alunos e dos professores do curso, e incentiva o diálogo entre ensino e pesquisa. “No nosso curso o importante é sempre associar a pesquisa com o ensino.
Além das graduações, no nosso departamento temos três cursos de mestrado e um doutorado. Isso motiva o aluno e amplia nosso campo de trabalho”, comenta. Oliveira destaca, também, o alto número de bolsas de estudos oferecidas aos alunos e o planejamento do curso como fatores que favoreceram a boa avaliação.

Limitações
Apesar de ser um indicador de qualidade, um conceito alto no CPC não significa que o curso não tenha de evoluir. Para o estudante de Geografia da UFPR Angelo Menegatti, a avaliação, feita em 2008, não considerou algumas falhas estruturais graves.
Naquele mesmo ano, por exemplo, os estudantes não tiveram um número adequado de aulas de campo, por conta da suspensão de pagamentos por parte do governo federal.
Além disso, a qualidade da pesquisa nem sempre é revertida para o ensino – em muitos casos, inclusive, há uma competição por recursos entre graduações e pós-graduações de uma mesma instituição, o que não é captado pela avaliação.
Fonte: Gazeta do Povo (PR)

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