sábado, 24 de dezembro de 2011

Ciranda de Natal (4)

NATAL PARA TODOS

O ano todo ficamos a esperar,
para esse dia poder comemorar.
Iremos a casa iluminar,
O vermelho, o verde  e o amarelo
essa festa vai enfeitar.
Não devemos esquecer
da guirlanda colocar.
Mesa farta vamos fazer,
uma vela vamos colocar
para Cristo agradecer,
que no ano não nos deixou faltar
a comida para nos sustentar.
As crianças começam a gritar:
“meu  presente quero ganhar!”
Cantigas bonitas todos nas ruas vão cantar.
É natal! É natal!
E sinos tocam que é hora de comemorar!
O presente para Cristo é honrá-lo,
e a vida se dedicar.
É natal! Tempo de paz, alegria.
Felizes iremos passar
porque Deus está nos lares
e com todos vai cear.
                                          (Malvelita)

NOITE FELIZ
É noite de Natal. Na casa do Victor tudo é alegria com troca de presentes, presépio e tudo na mais perfeita ordem. Todavia ele está triste. À tarde, quando saiu com a mãe para escolher o presente, observou um menino olhando na vitrine um carrinho e percebeu que o mesmo estava desejando muito aquele brinquedo, mas não tinha condições de comprá-lo. Victor, sem que sua mãe percebesse, saiu da loja, chegou perto do menino e perguntou onde  morava. Ele respondeu:
- Naquele banco ali da pracinha.

Victor voltou para perto da mãe com uma profunda tristeza estampada no rosto e, quando ela insistiu para que escolhesse o presente, ele pediu justamente o carrinho que o menino tanto desejava. Sua mãe ainda insistiu para que escolhesse um presente mais valioso, pois a data era importantíssima, afinal era Natal, mas Victor manteve-se irredutível

Já à noite, quando todos estavam reunidos para troca de presentes, diante farta Ceia e belo Presépio para uma festiva Noite de Natal,  Victor se mantinha triste, pensando naquele pobre menino jogado em um banco da praça.  Inconformado resolve ir até lá e o encontra  infeliz chorando. Imediatamente enxuga as lágrimas  do menino, beija-o na face e pergunta. Qual o seu nome?
Ele responde:
- Meu nome é Jesus.

Victor então o convida para ir até a sua casa e lá chegando, sem que ninguém perceba, leva Jesus até o seu quarto, oferece roupas e sapatos  e manda que tome banho e se arrume. Em seguida conduz Jesus até a sala apresentando-o a todos, dizendo ser seu novo amigo e convidado. Ninguém entende o motivo daquele gesto, mas, sem perguntas, iniciaram a troca de presentes.  Victor recebe seu presente e imediatamente passa as mãos de Jesus explicando a todos o motivo do seu gesto e pedindo desculpas à mãe, diz para ela que o melhor presente é fazer alguém feliz, principalmente numa   Noite de Natal, dizendo que aquele foi a melhor ação de toda sua vida e que foi o seu melhor presente. Conta tudo que havia se passado na hora da compra e pede que a mãe convide Jesus para morar com eles. A mãe, orgulhosa com o pedido do filho, se emociona a ponto de derramar lagrimas de alegria. Jesus foi adotado pela família do menino e todos seguiram felizes.
(Neiva Fernandes)

O BURRINHO DE BELÉM...

I 
Pela estrada até Belém
Recebeu a regalia
De acompanhar, em silêncio,
Jesus, José e Maria.

Caminhou a Galiléia
E as terras da Samaria.
Um pouco ele foi transporte,
Outro pouco, companhia...

Cruzando o calor do vale,
Vencendo a noite vazia,
Parecia preparado
Para a viagem que fazia.

Mas por que fora o escolhido
Para tão nobre honraria?
Não tinha crinas de seda,
E nem pelagem macia,

Não era de raça pura,
Nem muito o quanto valia,
Não tinha casco tratado,
Nem pasto, nem boa cria,

Não tinha sela aprumada,
Não era para montaria,
Não tinha trote, nem nada,
Nem preço, nem garantia,

Nem porte altivo, o coitado,
Seu relinchar nem se ouvia,
Não tinha o couro escovado,
Nem lugar na estrebaria...

Era um burrinho de carga
E só pra isso servia,
Mas que não fosse pesada,
Além do que ele podia.

Sem reclamar da distância,
Do cansaço que sentia,
Cumpriu somente o papel
Que a vida lhe oferecia.

Era um burrinho sem pasto,
Sem porte, sem garantia,
Um burrinho que levava
Para Belém o Messias.

Mas um burrinho, mais nada,
Seu nome, ninguém sabia,
Não tinha casco arrumado,
Bem pouco o quanto valia,

Não era de raça nobre,
Não possuía boa cria,
Mas parecia feliz
Com o papel que lhe cabia.

Por isso mesmo, quem sabe,
Tenha tido a primazia
De acompanhar, em silêncio,
Jesus, José e Maria.

II
Caminheiro, seguindo pela estrada,
Quando cruzares pelo caminho
Com um homem, uma mulher embarrigada
E um burrinho,

Se não notares, nessa hora, nada,
E prosseguires, sozinho,
Continuando sua caminhada
Devagarzinho,

Terás perdido a chance a ti cedida,
Talvez a única da tua vida,
Talvez a mais importante...

Quando, de novo, José e Maria? 
Quando, de novo, esse dia?
Quando, dali pra diante?
(Luis Tavares)

Vinte e cinco de dezembro
noite de paz e de luz,
e nesta data eu me lembro
que em Belém nasceu Jesus.
(Geraldo Linhares)

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