quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

'Edução é a chave do sucesso’ diz 1º astronauta brasileiro, no Recife

Jovens com idades entre 9 e 15 anos participam, neste sábado (10) e domingo (11), de um dos maiores torneios de robótica do mundo. O First Lego League (FLL) tem como foco a ciência e a tecnologia. O evento está sendo realizado no Ginásio Poliesportivo da Secretaria de Educação de Pernambuco, no bairro da Várzea, no Recife.

Essa é a etapa regional do torneio, que reunirá também equipes de outros estados próximos do Nordeste. Um convidado especial estará, neste sábado, incentivando os participantes. O primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, fará uma palestra no início da tarde sobre “A importância da educação”.

Para Marcos Pontes, torneio como os de robótica, lançamento de foguetes, atividades com radioamadores, onde estudantes participam e existe um desafio, é uma ótima maneira de incentivar a carreira em ciência e tecnologia, um dos seus objetivos no Brasil. “Eu tenho a Fundação Astronauta Marcos Pontes, que se propõe a incentivar jovens para a carreira nessa área tecnológica e, ainda, trazer esse tipo de conhecimento para dentro do ensino fundamental”, explica.

O astronauta participa de uma conversa, das 13h às 15h, com os participantes. “É muito importante essa interação, saber dos desejos deles...É importante se colocar à disposição para falar sobre carreira ou as possibilidades dentro da área”, diz.

Pontes conta que muitos estudantes acham que para ser astronauta tem que estudar em escola cara, ter dinheiro, o que para ele tudo depende, principalmente, da educação. “Sou filho de um servente e quero mostrar para eles que através da educação você pode realizar tudo, ela é a chave do sucesso”, acredita.

Marcos Pontes é embaixador de algumas instituições internacionais, entre elas a First, uma ONG americana que tem como um dos principais apoiadores a Nasa. “Essa organização foi instituída em um período de queda de interesse por parte dos jovens pela ciência e tecnologia. Então, o governo americano resolveu criar a First no intuito de utilizar a robótica para incentivar os jovens a seguirem essa carreira”, conta.

Os classificados no torneio regional seguirão para a etapa nacional em São Paulo, no início de 2012, que por sua vez classificará para o mundial. Participam do FLL, escolas, instituições públicas e privadas, ONGs e grupos independentes, com equipes de quatro a dez componentes.

Os times são acompanhados por um adulto, podendo ser professor, profissional, pai ou estudante universitário. Os candidatos passam por três desafios: projeto de pesquisa, projeto do robô e o desafio de missões.

As equipes realizaram trabalhos relacionados ao tema deste ano “Body Forward”. Os jovens vão mostrar como explorar o mundo da engenharia biomédica, descobrindo maneiras inovadoras de reparar lesões, superar predisposições genéticas e maximizar o potencial do corpo humano.

A última edição do evento no Recife foi realizada em 2009 no Espaço Ciência. No início deste ano, a equipe de Pernambuco foi a única representante brasileira no FLL mundial, realizado no Missouri, nos EUA, e conquistou o terceiro lugar.

G1

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