sábado, 24 de dezembro de 2011

Ciranda de Natal (5)

FELIZ NATAL

Ideal que nos leva a realidade
em momento de grande inspiração,
o Natal faz lembrar a santidade
com amor e condigna devoção.

Coração encantado de lealdade
fazendo mais unido cada irmão,
dos valores fugidos da verdade,
pelo santo proclama do perdão.

São pedidos de máxima realeza
onde a fé traça o rumo da certeza,
a encantar o seu mundo que reluz

sentimento sagrado de nobreza,
conseguindo afirmar com singeleza:
- Bom Natal, meus irmãos... Viva Jesus!
(Agostinho Rodrigues)
 
CRIANÇA

Uma criança bem longe nasceu,
com um destino certo,
mas, no sentimento meu,
ela está aqui bem perto.

O céu, uma estrela iluminou,
lá em cima da manjedoura
e o mundo se encantou
com a promessa de paz duradoura.

Tantos reis querem riqueza
outros só querem poder
mas o maior deles nasceu na pobreza
e na humildade conseguiu vencer.

Aquela pequena criança
nos trouxe salvação
junto com a esperança
nos afastou da solidão.

Ela mostrou em sua face
a grande verdade, afinal:
sempre que uma criança nasce
é dia de Natal.
(Carlos Augusto Souto de Alencar)


O QUE É O NATAL?

Definitivamente que não é consumismo. Mas o Natal já está chegando, e como em todos os anos, a magia das luzes, das árvores coloridas e enfeitadas e dos presépios está renovada, embora a crise econômica mundial de hoje não pressagie que este será um Natal perdulário.
Mas não devemos nos esquecer que o verdadeiro espírito de Natal, antes de tudo, é a festa da Natividade e da vinda ao mundo do Salvador, pois uma maior intimidade e uma maior espiritualidade não são coisas de se jogar fora. No entanto, não devemos nos esquecer que o homem, muitas vezes se esquece disso e se deixa dominar pela inveja, luxúria, cobiça, orgulho e raiva... Acima de tudo, daquele orgulho que descende da arrogância da humanidade de pretender se erguer como a deusa da criação, com todos os perigos que daí resulta, pois a arrogância faz com que os seres humanos questionem até mesmo as próprias leis da natureza e procuram dobrá-las em seu benefício, prescindindo soberbamente das implicações éticas que contemplam essas leis.
Pelo que se vê através da mídia, pareceria que a maioria das pessoas pensa somente nos presentes, na ceia em família, e aqueles com mais sorte pensam também numas férias maravilhosas, mas tudo isso, nos lembra também que esta é a época das reuniões familiares, onde nada é mais importante do que estar com quem você ama, incluindo com os amigos!
E que significado tem o Natal? Talvez não devêssemos sobrecarregar as coisas com significados maiores do que elas devem ter, pois as maiores expectativas muitas vezes são acompanhadas das maiores decepções que reduz a magia de certas atmosferas, de certas situações, de certos cheiros, de certos gostos, de certas cores e de certas imagens que são indeléveis nas nossas vidas. Em qualquer caso, a magia do Natal, neste mundo que cada vez mais fala da negação dos outros, ainda traduz a grande magia da família que mesmo estando na miséria consegue ser realidade.
Mas qual é o verdadeiro significado do Natal? O seu verdadeiro significado é um só: Jesus Cristo. Ele que veio ao mundo com um só propósito: entregar sua vida e morrer por nossos pecados. Assim, em cada Natal nos  comemoramos a vinda do Salvador que ao entrar no mundo foi colocado na humilde manjedoura de um estábulo, mas Ele veio com um destino glorioso.
Devemos sempre nos lembrar que Jesus é o verdadeiro significado do Natal e que Ele é o nosso verdadeiro presente, pois Ele é o Caminho que nós leva ao Pai, Ele é a Verdade que nos guia e Ele é o dom celestial da Vida. Assim, deveríamos aceitá-lo hoje e sempre como nosso grande presente, como se fôssemos igual a uma criança que estende suas mãos e recebe seu presente de Natal.
FELIZ NATAL!
(Alberto R. Fioravanti)

O B R I G A D O

Se foi amor que te trouxe,
Que a Paz seja contigo.
Deste amor que tu me trazes,
Ansiava ter comigo.

Mais um ano, um Natal,
E nada faz a humanidade
Para ajudar aos irmãos,
Liberando a caridade.

Se festas fazes com vinho,
Muito som em desalinho,
De cristão não trazes luz:

Mas, se na noite de festas,
Homenagens tu Me prestas,
Eu te agradeço: - Jesus.
(J. A. Ferraiuoli)


N  A  T  A  L

No  firmamento, estrela   reluzente,
a  rebrilhar  bem  alto, a  sós  exclama:
Quisera  ser  o  leito   resplandecente
do  DEUS – AMOR, JESUS, QUE A TODOS AMA! 

O  MAR   solicitou   rapidamente:
- Quisera ter a  glória  e   ganhar  fama...
- Ofertaria  a  onda   mais   dolente
para   embalar JESUS, QUE  A  TODOS  AMA!

A Natureza  inteira  preparava
um  ninho  requintado ... e  disputava
o   seu  JESUS _ O  GRANDE   CELESTIAL! 

Mas  DEUS, trazendo a  luz  e  os  dons  do  ALÉM,
em  mísera  choupana  de  BELÉM,
da    palha   fez   seu   berço... ERA   NATAL!
(Sônia Vasconcellos)


PAZ NA TERRA... É NATAL!

            As crianças disputavam lugar na pequena janela.  Do lado de fora a mãe, rindo sem jeito, convida a bem vestida e perfumada senhora para entrar.
            Olhos maravilhados contemplam o colorido variado dos diversos objetos que a senhora espalha pela sala.  Em seguida, tira de uma sacola maior de uma árvore, de ramos verdes, tão verdes como eles não se lembram de ter visto um dia!  Sem se dar conta, estão todos envolvidos num abaixa-levanta, num vai-e-vem e, finalmente, lá estava ela, linda! Árvore de Natal, foi o que a senhora disse.  E, enquanto a árvore era montada, a boa senhora falava para a mãe que, desde que seu único filho casara e fora morar no exterior, ela trocou as comemorações de Natal para levar alguma cor àqueles cujos natais são sempre preto-e-branco.  Antes de sair, entregou várias caixas contendo alimentos e inúmeros pacotes de presentes com lindas fitas que só deveriam ser abertos no dia seguinte, ela recomendou.
            Naquela noite, mal fechou os olhos, Nina começou a sonhar.  Mas... não era nenhum daqueles sonhos tristes que a incomodavam sempre!  Dessa vez, ela estava, junto com a mãe e os irmãos, ornamentando uma árvore.  Ela e os irmãos eram os mesmos.  A mãe, porém, tinha as roupas, o rosto e o cheiro “daquela” senhora.  Só a voz era de sua mãe mesmo!  E, com sua voz tão conhecida – e querida –, em resposta a Nina, dizia que o Natal era somente um dia porque os homens e mulheres, em sua maioria, ainda não haviam compreendido a mensagem de amor fraterno, justiça e caridade, trazida pelo aniversariante.
            Espreguiçando, Nina abriu os olhos, correu até a sala.  Será que a árvore estaria lá ou era a magia parte do sonho?  Lá estava ela, linda, cheia de vida!  Foi até a janela, abriu-a e espiou.  Chovia lá fora e o cheiro de terra sedenta, agradecida, chegava-lhe ao nariz.
            O pai – quanta saudade! – sempre lhe dizia que chuva é vida, é esperança.  Olha para cima e o sol – sim, o sol, junto com a chuva –, pisca para ela.
            - Estarei dormindo ainda? – pensou.
            Esfrega os olhos, olha de novo.  Nova piscada!  Compreende tudo, então.  Sorri, grita, pula, bate palmas.  É Natal!  Agora só faltam os homens entenderem seu significado.  A natureza já sabe!
            É Natal!  Paz na Terra a toda criatura!  É possível, se todo mundo acreditar!

(Maria Virgínia Claudino)

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