A qualidade do ensino fundamental melhorou, no Brasil, entre os anos de 2009 e 2011, mas, no mesmo período, não houve evolução no ensino médio. O Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, avalia alunos das redes pública e privada.
O índice é calculado a partir das notas dos alunos em avaliações nacionais, como a Prova Brasil, e a taxa de aprovação dos estudantes. Vai de zero a dez e serve para comparar, a cada dois anos, o que acontece dentro das salas de aula, desde o ensino fundamental até o ensino médio.
Em 2011, o índice do 1° ao 5° ano melhorou. Ficou em 5 e a meta estipulada pelo governo era de 4,6, a mesma nota alcançada em 2009. A maioria dos alunos matriculados nessa etapa está em escolas municipais. Mais de 77% dos municípios alcançaram ou superaram a meta.
No Ceará, Minas Gerais e Acre, o número passa de 90%, mas no estado do Rio de Janeiro, nem a metade dos municípios chegou ao objetivo do MEC.
Do 6° ao 9° ano, a meta também foi ultrapassada. A nota ficou em 5,1. Em 2009, foi 4, mas sete estados não conseguiram tirar 3,9. Entre eles Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Sergipe e Espírito Santo.
O ensino médio, que tradicionalmente tem problemas de qualidade, ficou na meta do MEC, com 3,7 pontos. Mas isso não é motivo de comemoração, pelo contrário. Muitos estados praticamente andaram para trás, porque tiveram um desempenho pior do que o do índice de 2009. São eles: Acre, Pará, Maranhão, Paraíba, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Para o professor da UnB Remi Castioni, um dos problemas está no modelo de ensino médio que existe hoje no Brasil.
“É onde o jovem recebe uma concentração de conteúdos alta, muito alta que tem um único objetivo de prepará-lo para o vestibular, então é preciso também mudar, modificar o aspecto para que serve afinal o ensino médio no Brasil”.
“É onde o jovem recebe uma concentração de conteúdos alta, muito alta que tem um único objetivo de prepará-lo para o vestibular, então é preciso também mudar, modificar o aspecto para que serve afinal o ensino médio no Brasil”.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reconhece as dificuldades nessa etapa de ensino e diz que o governo estuda algumas mudanças.
“Melhorando a qualidade das aulas, estimulando o ensino técnico profissionalizante e avançando na escola tempo integral nós acreditamos que teremos resultados cada vez melhores para o ensino médio”.
As escolas particulares foram avaliadas por amostragem. Em nenhuma das etapas elas atingiram as metas estabelecidas, mas o governo reconheceu que continuam tendo um ensino melhor do que as públicas.
Fonte: Jornal Nacional
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