segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Diferença entre ensino público e privado é preocupante, diz Geovani Borges

Em pronunciamento na segunda-feira passada (12), o senador Geovani Borges (PMDB-AP) classificou como preocupante o fato de oito em cada dez escolas públicas terem ficado abaixo da média no Exame Nacional do Ensino de 2010. Entre os colégios particulares, 8% não conseguiram superar a média nacional, o que representa um décimo do índice verificado na rede pública, conforme dados divulgados pelo Ministério da Educação.
Na avaliação de Geovani Borges, a distância entre o ensino público e o privado, que ele classificou de intolerável, é uma prova cabal de que o ensino na rede pública está agonizando, levando junto os sonhos, as expectativas, os projetos de vida, a chance de um futuro brilhante e de dominar uma carreira profissional por alunos cujos pais não têm condições financeiras de colocar os filhos nas chamadas "escolas de ponta".
Geovani Borges lembrou que há escolas estruturadas do ponto de vista físico e humano, com professores especializados e adoção de métodos e técnicas de ensino que efetivamente preparam o aluno para o mundo competitivo da atualidade. O senador ressaltou, porém, que um número sem fim de escolas públicas estão caindo aos pedaços, sem laboratórios adequados, sem espaços físicos para a prática de esportes, sem atividades lúdicas, sem acesso à informática, sem merenda para os alunos que chegam e saem com fome, com professores desestimulados. 
O abismo que se formou entre a rede pública e particular, disse Geovani Borges, é mais grave na área rural, onde predomina "um Deus nos acuda", com transporte precário, quando tem; crianças que não chegam a ter nem quatro horas diárias de ensino; e falta de professores. Ele lamentou ainda que muitas crianças completem o ensino fundamental sem saber ler, escrever ou sem conseguir redigir um texto com um mínimo de lógica. 
O senador, entretanto, disse que a aferição das escolas feita pelo Ministério da Educação é necessária e deve ser estimulada. Segundo ele, é preciso ter um ponto de referência para saber onde buscar uma solução, mesmo com números tão desanimadores, mas que podem acabar servindo de estímulo para enfrentar um desafio.
Diário do Amapá (AP)

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