domingo, 11 de setembro de 2011

Parada Poética - 05

TERROR NOS EUA

De repente na TV
uma nota de urgência:
Avião bate na torre
que se parte, que violência!
A multidão que corria
sem entender a ocorrência.

Alguns minutos depois
o mundo todo assistiu,
viu que não era desastre,
mas um atentado vil!
A outra torre atingida,
outro avião colidiu.

Visões dantescas ali:
Uma nuvem de fumaça,
gigante bola de fogo,
desabamento, ameaça,
pessoas aglomeradas
nas janelas, que desgraça!

Pedem e esperam socorro
a tantos metros de altura
e algumas desesperadas
se atiram, é uma loucura!
As torres caem, desabam,
aumentando a tortura.

Barulho ensurdecedor,
carros, vidros destruídos,
uma chuva de escombros,
pedras, ferros retorcidos,
uma nuvem de destroços
e milhares de feridos.

Muito choro e desespero
das pessoas que assistiam,
ali tão perto ou de fora,
tanta desgraça que viam
mutilados ou em choque,
perdidos, como sofriam!

Uma nuvem de poeira
torna irrespirável o ar.
Parece coisa de filme.
Fazem todos comparar
Nova Iorque ao inferno,
quadro sinistro de olhar.

Horror e incredulidade
nos seus rostos estampados,
turistas, novaiorquinos,
na derrota humilhados,
apavorados com tudo
que viam, apavorados!

Bombeiros abrem caminhos
e acham sobreviventes.
Apesar de tanta dor
ficam alegres, contentes,
salvando vidas e vidas
entre pedaços de gente.

Celulares salvadores
na ajuda a muita gente,
que soterrada avisava
que era um sobrevivente,
facilitando o trabalho,
localizando o vivente.

Transmitiram as mensagens
de adeus, de despedida
daqueles que pressentiam
a morte, a sua partida.
Até perdão foi pedido,
num sequestro suicida.

No meio de tantos mortos
militares e civis,
empregadores, turistas,
professor e aprendiz,
escritórios e empresas
filiais ou a matriz.

Gritos horríveis de gente
dentro e fora dos prédios
pelas ruas a correr.
Muitos pareciam ébrios,
cambaleando, andando
sem destino. Mais mistérios

Para o mundo desvendar
e saber de onde partiu,
quem comandou e orquestrou
esse ataque tão ardil,
atentado terrorista
que em sincronia previu.

Após cinquenta minutos
da segunda explosão,
um avião cai em Washington,
atingindo o coração
do poder americano,
provocando confusão.

O Pentágono em chamas,
parte dele arrasado,
o mundo todo perplexo,
frente ao maior atentado
de um inimigo sem rosto,
audacioso, malvado!

Medidas foram tomadas
no governo americano:
Cancelamento dos voos
para evitar novo dano,
espaço aéreo fechado
logo após o gesto insano.

A Disney tranca seus parques.
Fechados também mercados
financeiros do país,
aeroportos trancados,
segurança reforçada,
navios inspecionados.

Vasculhando tudo e todos
o FBI em ação,
descobrindo esconderijos
de uma possível facção,
onde o principal suspeito,
Osama Bin Laden, não?

Lamentável como as mortes
e toda a destruição,
foi ver crianças e adultos,
comemorando a explosão
dos prédios americanos,
fazendo sinais com as mãos,

em vários lugares árabes,
em cidades palestinas.
Jerusalém e Iraque
vibravam com as ruínas.
Na Cisjordânia, no Líbano
houve festa nas esquinas.

Agora em todo o mundo
medo da retaliação
do governo americano,
vingando com decisão,
abrindo fogo cerrado,
causando destruição.

Uma médium brasileira
avisou ao presidente
dos perigos de um atentado,
atingindo, duramente,
as cidades americanas,
num imenso acidente.

A vidente faz um alerta
ao chefe americano,
diz que a tragédia de agora
estaria começando,
que tem perigo no ar
e o inimigo rondando.

O cinema americano
é pródigo em filmar
cenários apocalípticos
para o mundo apreciar,
usando os quatro elementos:
terra, fogo, água e ar.

Atentados terroristas
seguidos pela prisão
de suspeitos pelos crimes,
muçulmanos de nação.
Bombas explodem, destroem
prédios, pessoas no chão.

O ataque na ficção
desta vez não teve quase,
era na vida real:
A torre tremeu na base
por avião feito bomba
guiado por kamikase.

Em "Independence Day"
"Nova Iorque Sitiada",
esses filmes relataram
esta cena antecipada
que o mundo todo assistiu.
Nova Iorque devastada.

E hoje, após sete dias,
a iminência da guerra
dos norte-americanos
e o terrorismo da terra,
ocidente e oriente,
embate que nos aterra!

                                                       Heloisa Crespo

Fonte: Crespo, Heloisa. A voz que não quer calar. Editora da Academia Campista de Letras - 2006

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