Embora boa parte do Pacto pela Educação seja voltada às necessidades do mercado, empresários apontam ressalvas. Dizem que o projeto pouco aborda o que seria o principal: a qualificação do ensino básico.
– Não quero desmerecer a proposta do governo. Mas temos de pensar na solução do problema, que passa pela Educação Fundamental. O governo pretende tapar buracos, e tapar buraco é bom. Só não resolve o problema inteiro – diz o presidente do conselho diretor do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), Ricardo Felizzola.
Felizzola diz que a grande dificuldade é encontrar pessoas com uma base mínima para receber capacitação profissional.
Segundo ele, antes de mais nada, o mercado precisa de pessoas que saibam falar bem português, que tenham conhecimento de um segundo idioma, o inglês. Em qualquer país do mundo, diz ele, isto é abordado na Educação básica.
Diz o diretor executivo da Agenda 2020, Ronald Krummenauer, que participou dos debates sobre o pacto:
– Parte das vagas de ensino profissionalizante deve ser gratuita. Mas, muitas vezes, essas vagas deixam de ser preenchidas porque o aluno sequer consegue acompanhar o curso, sequer conhece o mínimo de matemática.
O Piratini garante que o foco maior no ensino básico fará parte de outros projetos do governo.
Zero Hora (RS)
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