Quando o assunto é Educação, o Brasil deixa muito a desejar e torna-se de difícil explicação o fato de uma das maiores economias do mundo figurar como o 88 colocado no ranking da Educação, atrás de nações vizinhas como Argentina, Chile, Equador, Bolívia e Uruguai.
Os alunos se mostram mal preparados em disciplinas basilares, como Língua Portuguesa e Matemática. Em geral, os governantes, sempre que estão em campanha para cargos eletivos, elegem a Educação como prioritária em seus discursos e programas. Contudo, eleitos, essa ênfase no aprendizado acaba não se confirmando.
Muito da má qualificação da mão de obra para exercer ofícios profissionais decorre de uma deficiente formação escolar. As causas para isso são as mais variadas, passando por baixa remuneração dos professores, sucateamento das escolas, contingenciamento de verbas, falta de tecnologia adequada, ausência de equipamentos e de recursos materiais condizentes com as tarefas de sala de aula.
Diante desse quadro de menoscabo, é promissor o anúncio do governo federal acerca da liberação de R$ 54,5 bilhões para implantação da Educação integral nas escolas municipais de 19 estados brasileiros.
A par da jornada normal, que será de 7 horas diárias, haverá atividades extras envolvendo cultura, artes, esporte, lazer, Educação ambiental e investigação científica. As verbas são originárias do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
Um dos gargalos para que o país atinja o tão almejado desenvolvimento está justamente em sua Educação deficitária do ponto de vista da apreensão de conteúdos essenciais.
Uma melhor interação com o espaço escolar, mediante a disponibilização de novas ferramentas e ações educativas, pode, de fato, ajudar na superação de um impasse histórico. Nossas crianças e nossos adolescentes precisam aprender mais e melhor.
Correio do Povo (RS)
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