Faltando pouco mais de 3 meses para o fim do ano letivo, tem muito Aluno ‘pendurado’ - precisando melhorar o desempenho Escolar e consequentemente as notas do boletim. Mas, segundo os especialistas, tal feito só é possível com o trabalho e esforço integrado da Escola, Professores, pais e dos próprios Alunos.
Conforme a Professora doutora do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Carmen Sevilla Gonçalves, é preciso que nesse tempo, que resta até o fim do ano, todos atuem de forma a construir, junto ao Aluno, os conhecimentos que ele não conseguiu adquirir no decorrer do ano letivo.
“É importante, primeiramente, identificar em quais contextos as situações de aprendizagem não foram arranjadas de modo a considerar o que o Aluno já sabe e até onde ele poderia ir naquela determinada faixa de tempo.
Em segundo lugar, observar que entraves ocorreram da parte do Aluno durante o desenvolvimento das metodologias implementadas pelo Professor e, num terceiro momento, observar como a família e suas circunstâncias influenciaram no processo”, discorreu Carmen.
Para a especialista, sem a identificação desses pontos torna-se quase impossível corrigir ou planejar novas ações - pois antes é necessário saber onde estão os erros não apenas do desempenho dos Alunos, mas de todos que envolvem o contexto Escolar.
Nesse processo, cabe à instituição e aos pais estabelecerem regras claras a serem seguidas pelos Alunos/filhos: como a orientação para realização das tarefas de casa e a elaboração de um plano de estudos.
“As tarefas de casa, com conteúdos devidamente explicados pelos Professores (partindo dos pontos que os Alunos já sabem e relacionando com o novo a ser apreendido), são importantes para que o Aluno entenda e aplique os conhecimentos – sem necessariamente decorar”, detalhou a Educadora, ao explicar que dessa forma, quando o Aluno chegar em casa ele poderá fazer as tarefas por conta própria – baseando-se nas orientações recebidas em sala de aula.
Afora a fixação do conteúdo e o treinamento dos conceitos vistos na Escola, a Professora doutora lembrou que as tarefas de casa também ajudam o Aluno a desenvolver o gosto e a disciplina pelo estudo em casa, que é essencial para a melhoria do desempenho Escolar.
“Estudar é um trabalho e exige disciplina, portanto, são necessárias regras que precisam ser construídas na Escola - entre Professores e aprendentes - e em casa, entre pais e filhos. Poucas regras, mas que sejam claras quanto à responsabilidade de estudar”, apontou a especialista.
Segundo ela, após isso, é necessário que os pais monitorem os esforços dos filhos e estejam sempre cientes das dificuldades deles. “Não é fiscalizar, pois isso pode promover na criança um alto índice de ansiedade e um agravamento de seu desempenho acadêmico já deteriorado”, diferenciou.
Família tem que interagir com escola
Dentro da integração de todos os entes envolvidos no desempenho de um Aluno é importante que a família esteja interagindo constantemente com a Escola e vice-versa. Assim será possível identificar as deficiências do estudante.
“A Escola deve estar em contato com a família não apenas quando for para dar as notícias de que o desempenho do Aluno/filho está mau. É preciso que a Escola chame os pais para elogiar os avanços do aprendente, mesmo aqueles pequenos e ainda distantes da meta final, mas que já se aproximam do objetivo desejado. A família, por sua vez, precisa procurar a Escola para elogiar as mudanças positivas que seu filho apresentar em casa”, frisou a Professora doutora do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Carmen Sevilla.
Segundo ela, “Escola e família não podem ter medo uma da outra - no sentido de ‘se me chamaram, já sei que é coisa ruim’. A relação precisa ser construída também e principalmente com os aspectos bons e todos nós sabemos que eles existem”.
Fonte: Jornal da Paraíba (PB)
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