Os estudantes que ingressarem no primeiro ano do Ensino Médio em 2012 no Estado poderão encontrar um novo modelo pedagógico. A proposta apresentada pela Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul (SEC) está em discussão nas esferas escolares e municipais.
Até o final do mês, o debate passará para o âmbito regional e, em dezembro, será o centro das discussões na Conferência Estadual da Educação, quando a proposta final poderá ser aprovada.
Apesar da segurança do governo em garantir a sua aplicação no ano que vem, a classe sindical promete fazer pressão para evitar que o mesmo seja implementado.
Pelo projeto, o programa do Ensino Médio passaria a ser composto por disciplinas da área de conhecimento, como Matemática e Português, e da área diversificada, que corresponde a conhecimentos diversos e profissionalizantes. O Ensino Médio seria dividido em duas categorias: Politécnico (conhecimentos padrão e profissionais, como pesquisa) e Ensino Médio Profissional (formação tecnológica e suporte educacional).
A expectativa da SEC é implementar o novo modelo para os alunos que ingressarem no Ensino Médio em 2012. Já em 2013, a medida atingiria o segundo ano e, em 2014, seria implementado no terceiro ano, completando o ciclo.
A expectativa da SEC é implementar o novo modelo para os alunos que ingressarem no Ensino Médio em 2012. Já em 2013, a medida atingiria o segundo ano e, em 2014, seria implementado no terceiro ano, completando o ciclo.
O secretário estadual de Educação, José Clóvis de Azevedo, disse que a mudança é fundamental diante da precariedade do Ensino Médio. "Do jeito que está não pode ficar. O Ensino Médio hoje não prepara para uma formação geral e nem para o mercado de trabalho", explicou.
Ele destacou que, por envolver o ensino, o assunto é polêmico. "Mesmo assim, o debate deve ser feito de maneira consciente", frisou. De acordo com Azevedo, pelas reuniões realizadas, as escolas e os educadores se dizem receosos quanto a dois pontos: se haverá estrutura para garantir sua aplicação e como se dará o apoio do governo.
"Os debates não serão encerrados e o diálogo é a única maneira de garantir a aplicação desse novo formato de ensino", ressaltou. A presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, disse que o debate é mais amplo e perigoso. Ela acredita que o Ensino Médio poderá ser descaracterizado. "Os estudantes terão dificuldades para ingressar na universidade. Ficarão à mercê de cargos de baixa qualificação", projetou.
Correio do Povo (RS)
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