quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Entidade auxilia professor a enfrentar a agressividade na escola

Como lidar com a agressividade no ambiente escolar? De que maneira ajudar crianças e adolescentes que costumam transgredir as regras básicas de convivência e podem por em risco a vida do outro?
Para tentar esclarecer os educadores sobre o tema, a Socialização da Infância e Adolescência Laborada (Sinal), entidade sem fins lucrativos, desenvolve cursos e outras atividades que visam evitar os problemas em sala de aula.
A Sinal trabalha há seis anos com crianças e adolescentes com dificuldades comportamentais (pacientes com transtorno opositivo-desafiador que têm padrão de comportamento negativista com problemas graves de conduta), ou seja, aquelas crianças que se opõem a tudo e não aceitam regras, "tendo uma dificuldade muito grande de se relacionar com o outro".
A diretora-executiva da entidade e psicopedagoga, Christiane D¿Angelo Fernandes, fala que a entidade é um complemento do Ambulatório de Socialização que funciona no Instituto de Psiquiatria do HC, buscando ir além do atendimento clínico.
Segundo ela, os educadores precisam estar atentos porque, muitas vezes, a agressividade que a criança apresenta é momentânea.
"Ela está passando por uma situação que está gerando um comportamento mais agressivo, antissocial, então isso precisa ser visto com cuidado. Não é porque, de uma hora para outra, ela se torna uma criança mais agressiva que ela pode se encaixar no diagnóstico", alerta Christiane.
Estudos científicos mostram que se trata de uma conjunção de fatores, inclusive características biológicas, que levam a um comportamento mais difícil. E a família desempenha um papel fundamental na forma como os jovens vão se relacionar com os outros, inclusive no momento do tratamento. "Se a família não tiver um suporte, não há mudança no padrão de convivência", afirma a psicopedagoga.
E se as crianças e adolescentes não recebem ajuda apropriada as consequências podem ser graves. ¿Ainda quando criança, existe a evasão escolar.
Muitos deles não conseguem concluir o ensino fundamental. Alguns conseguem estudar, mas têm dificuldades de inserção no mercado de trabalho, porque cada vez mais o mercado exige trabalho em equipe, flexibilidade, solução de conflitos, e esses jovens não têm essas habilidades apuradas.
Também podem ter dificuldade de manter relacionamento afetivo, duradouro. Gravidez precoce é outro problema, por conta da impulsividade", relata a especialista.
Terra

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