A típica chamada escolar, feita todos os dias no início das aulas, deve ser substituída aos poucos por mecanismos tecnológicos no Brasil. Ao invés de dizer "presente", os alunos terão que pressionar o polegar direito em um aparelho de frequência eletrônica, ou então esperar os professores registrarem o nome dos estudantes na sala de aula em smartphones ou tablets. A novidade já é realidade em escolas de pelo menos dois Estados: São Paulo e Espírito Santo.
O coordenador de inclusão digital da Secretaria de Educação em Praia Grande (SP), Marcos Pastorello, percebeu a facilidade do sistema batendo o próprio ponto eletrônico diariamente, ao chegar ao trabalho. E foi assim que começou o projeto no ano de 2009, que já foi logo testado na Escola Municipal Roberto Mario Santini. Este ano, o colégio comemora o primeiro aniversário das chamadas digitais.
Segundo Luciana Nicolosi, diretora da instituição de ensino, além de facilitar o registro de presença nas aulas, o aparelho melhorou questões como segurança e desperdício de merenda escolar.
"Ao entrar na escola às 8h, todos os alunos colocam o polegar direito no aparelho que registra a sua presença. As 8h30, os pais recebem um e-mail que informa se seus filhos foram ou não a escola. Na mesma hora, a cozinheira do colégio também já fica sabendo a quantidade de alunos que irão lanchar no dia, o que evita sobras desnecessárias de comida", afirma Luciana.
Além disso, a diretora explica que depois da implementação dos leitores biométricos, a evasão escolar reduziu cerca de 25%. "Se antes nós tínhamos 40% dos alunos faltando, hoje nós temos somente 15%", diz. Para ela, o fato de os responsáveis saberem que a presença dos filhos fez com que tratassem o assunto com mais responsabilidade.
"Os pais perdem o Bolsa Família se os filhos abandonam a escola. Antes, quando este tipo de situação ocorria, eles argumentavam que os professores tinham errado nos registros. Agora, esse tipo de reclamação não ocorre mais", diz.
Somente este ano, mais seis escolas municipais em Praia Grande receberam o aparelho em suas salas de aula. De acordo com Pastorello, os leitores são implementados em todas as turmas e chegam a registrar cerca de 120 alunos por sala diariamente.
Somente na Escola Roberto Mario Santini, existem 13 máquinas de frequência eletrônica. Pastorello explica que até o final de 2013 todas as instituições municipais de ensino fundamental da cidade devem receber o aparelho que custa em torno de R$ 2,5 mil. "A tendência é que este valor diminua", fala.
Outra iniciativa de chamada digital está em tramitação na Secretaria de Educação do Espírito Santo, que espera implementar ainda este ano um sistema de frequência escolar eletrônica nas escolas da rede estadual. Diferente do que ocorre em Praia Grande, o controle será feito pelos professores que irão registrar os nomes dos estudantes presentes em smartphones e tablets.
Os dados de frequência também serão enviados para os pais por mensagem de texto e à Secretaria de Educação, que poderá controlar a velocidade que o currículo escolar avança, já que os educadores deverão informar os conteúdos dados ao final de cada aula.
O projeto que está em fase de licitação, deve começar no segundo semestre deste ano, ao custo estimado de R$ 10 milhões, que inclui a compra de smartphones e tablets, desenvolvimentos de software, capacitação dos docentes, instalação de equipamentos nas escolas e de cofres para guardar os aparelhos.
Fonte: Terra
Bom se todas as escolas tivessem, inclusive para os professores. Ganharíamos um tempo precioso em sala de aula, além de evitar o "saco" que é ter que assinar o livro de ponto. Pelo menos alguns diretores poderão dispor de mais um tempinho para gerir a escola ao invés de ficar "vigiando" o livro de ponto.
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