quarta-feira, 8 de junho de 2011

Mostrando a Língua - 14

Salve meus bons diqueiros!

Hoje, recebemos com alegria, acho que nosso mais novo diqueiro, nos dois sentidos (é um jovem e novo na lista): trata-se de Lucas Tavares, tricolor (nada de doente, sim?) saudável que nos dá a honra de ocupar a cadeira114. Seja bem vindo, Lucas! Tomara que vc goste, aproveite e faça sugestões. A casa é sua!

 

Tenho duas sugestões na fila: a de Sérgio Haddad  e a de Sônia Vasconcelos. Como sei que Sérgio é um desses raros cavalheiros da atualidade (rssss), confio e cedo a vez para Sônia.

E a proposta dela é a seguinte:

 

Alô Edinalda !

       (...) vamos ao que interessa:  entre outras coisas, tem sido comum eu ouvir dizer: "que que tem", "que que vc vai fazer depois?” etc. Penso que o certo seria dizer: o quê  tem isso ou o que é...

 

Então, Sônia e queridos diqueiros: esta discussão está na ordem do dia, porque somos brasileiros, temos um registro bastante singular (e lindo!) que caracteriza e identifica nossa gente.

A fala coloquial é um desses encantamentos que nos torna, além de sedutores, capazes de lidar com os dois discursos: o formal e o informal, com conforto.

O que você ouviu faz parte do discurso informal, coloquial, e causaria estranheza se usássemos, em uma reunião de amigos, "na rua , na chuva , na fazenda" o registro formal.

O coloquial não está, pois, errado! O importante é que tenhamos cuidado para não migrá-lo para o formal, porque neste caso soaria mesmo inadequado.

Se vc ouviu as expressões: "que que tem", " que que vc vai fazer depois" em situação (ou contexto) de informalidade, está tudo bem!

Mas, em uma apresentação de trabalho (acadêmico), na defesa de um ponto de vista em um Seminário, em resposta a uma Banca, estariam inadequadas. Não há, em tais situações e outras tão formais quanto, espaço ou licença para estes usos.

 

Grande abraço, obrigada pela contribuição, até domingo,

Edinalda

Nenhum comentário:

Postar um comentário