Duas escolas no Rio de Janeiro chamam a atenção por oferecerem ensino de alta qualidade, ampla infraestrutura tecnológica e projeto pedagógico voltado para formar cidadãos. De graça. Com propostas inovadoras, a Escola Sesc de Ensino Médio e o Núcleo Avançado em Educação (Nave) mostram que o modelo de gestão de escola pública com o apoio da iniciativa privada traz bons resultados.
Criadas em 2008, as duas instituições tem parcerias de empresas e tiveram suas primeiras turmas formadas no ano passado. Ambas são voltadas para alunos de ensino médio, mas têm focos diferenciados.
A Escola Sesc de Ensino Médio segue o modelo escola-residência, comum nos Estados Unidos, Cuba e em alguns países europeus. Os professores e seus 483 alunos, vindos de todos os Estados do Brasil, moram no próprio campus – construído em um terreno de 130 mil metros quadrados na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Os estudantes só voltam para a casa dos pais nas férias ou em alguns finais de semana, no caso daqueles cujas famílias residem no Rio ou próximo à capital fluminense.
Ao se matricularem, os estudantes recebem um laptop que pode ser usado em todo o campus, com rede de internet sem fio. As salas de aula são climatizadas e cada uma acolhe no máximo 15 alunos. A lista de incentivos para facilitar a ambientação e a aprendizagem dos adolescentes conta com um teatro com capacidade para 600 pessoas, biblioteca com 40 mil volumes, piscina semiolímpica, laboratórios de ciências e uma moderna sala de musculação.
Na grade curricular, destacam-se o ensino bilíngue e oficinas de artes plásticas, música e dança. Ainda são oferecidos cursos de capacitação profissional pelo Senac em áreas como fotografia, contabilidade, informática e decoração. Tanto investimento deu resultado na primeira turma formada: 75% de aprovação em universidades públicas.
O Nave surgiu através de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação e Cultura e o Oi Futuro, instituto de responsa-bilidade social da Oi, controladora do iG. Montada na zona norte carioca, em um prédio de quatro andares na Tijuca, a escola impressiona pela decoração futurista, com cores vibrantes, e pelos pufes, painéis, obras de arte e computadores da Apple espalhados em seus ambientes.
Seus 420 alunos estudam em salas climatizadas em regime integral, das 7h às 17h. O polo de educação digital oferece, além das disciplinas básicas, três opções de cursos técnicos: programação de games, roteiros para mídias digitais e geração de conteúdo multimídia. No intervalo entre as aulas, para relaxar, os adolescentes encontram consoles de X-Box e Playstation. “Acreditamos que os jovens não familiarizados com o ambiente digital vão estar fora do jogo”, diz o vice-presidente do Oi Futuro, George Moraes.
Para Mirian Paura Grinspun, professora titular da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), essas instituições de ensino, pautadas em conceitos e princípios pedagógicos, podem trazer mudanças de qualidade à educação do País. “São escolas que estão avançando no seu tempo com propostas inovadoras”, avalia.
Fonte: IG Educação
Nenhum comentário:
Postar um comentário