domingo, 1 de julho de 2012

Prêmio à eficiência

A meritocracia, rejeitada por lideranças sindicais do magistério, volta à pauta nacional a partir de uma análise da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, em parceria com o Instituto Ayrton Senna e o Movimento Todos pela Educação, com base em 400 estudos mundiais sobre melhoria do aprendizado. O documento conclui que o poder público deve investir mais na qualidade dos Professores, premiando os que se destacam, pois essa é a melhor maneira de estimular o rendimento Escolar. Em audiência pública na Comissão de Educação e Cultura da Câmara, o secretário de Ações Estratégicas do governo federal, Ricardo Paes Barros, argumentou que ter aula com o melhor Docente da Escola pode significar um aumento no aprendizado em quase 70%.
O secretário diz que a melhor maneira de elevar a quantidade de bons Professores seria premiá-los, por meio de incentivos em projetos ou mesmo de bonificações salariais. Porém, admite que esta política encontra muita resistência porque “os próprios Professores se convenceram de que eles são todos iguais, e que as diferenças entre eles não devem ser ressaltadas, documentadas, premiadas”. Eis aí uma questão que os administradores públicos precisam enfrentar com maior determinação. Não é possível que o Ensino brasileiro continue sendo prejudicado pela mentalidade anacrônica do igualitarismo, quando se sabe que cada indivíduo tem aptidões diferenciadas.
Outro tema controverso é a avaliação de Docentes. O presidente da Frente Parlamentar Mista de Educação do Congresso, deputado Alex Canziani (PTB-PR), que também participou da audiência, sugere a utilização de uma instituição independente que possa certificar quem é bom Professor, por meio de avaliações técnicas. A introdução de um sistema de aferição desses seria um avanço no Ensino público brasileiro, desde que fosse precedido por investimentos significativos na formação dos Educadores.
Fonte: Zero Hora (RS)

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