terça-feira, 10 de julho de 2012

Verba não garante a qualidade do Pisa

A recente aprovação, na Câmara Federal, da aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em Educação tem gerado muitas discussões sobre como aplicar esta verba. Mesmo ainda aguardando e precisando do aval do Senado e da sanção presidencial, o assunto é tema recorrente em análises especializadas. Um estudo realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que organiza o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), revela que altos gastos não garantem melhor qualidade do Ensino. Para a OCDE, há uma relação mais clara entre gasto no Ensino e melhores resultados no Pisa até a faixa de 35 mil dólares (o Brasil não chegou à metade deste patamar). A partir de então, há pouca relação entre maiores gastos e melhores resultados.
O trabalho dá exemplos de países que chegam a investir mais de 100 mil dólares por Aluno: Luxemburgo, Noruega, Suíça e EUA. Essas nações, porém, não são as que apresentam melhor desempenho educacional. Já Coreia do Sul, Finlândia, Hong Kong e a província chinesa de Xangai gastam menos, mas apresentam resultados melhores.
A pesquisa aponta duas características comuns para o êxito nestes países. A primeira é o investimento forte no Professor, boa parte explicada pela maior atratividade de salários dos Docentes. E outro ponto comum é que estes países trabalham para que todas as crianças aprendam, não aceitando que nenhuma fique para trás no aprendizado.
Em resumo, pelo estudo, dinheiro é importante até certo nível de gasto. A partir daí, mais importante do que quanto se gasta, é saber como se gasta.

Ensino
- Exame internacional que tem o objetivo de produzir indicadores de desempenho estudantil.
- É realizado a cada três anos. Em 2012, foi aplicado em maio.
- A ênfase deste ano foi na disciplina de Matemática.
- Por amostra, foram 25.517 avaliados (15 e 16 anos) de 902 Escolas públicas e privadas/BR.
Fonte: Correio do Povo (RS)

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