Atualmente tenho ouvido e lido casos
constantes de violências nas Escolas, não só públicas, mas privadas também, e
as brigas são com sinais de atrocidades mesmo, de agressividade imensa, que já
resultou em desmaios e hospitais, daí é que nos cabe algumas reflexões de quem
é a culpa dessa situação?Se é que existe culpado... E afinal quem é mais
vítima?Quem agride ou o agredido?As Escolas vêm tentando fazer seu papel de
Educadora, mas, são tantos os entraves que contribui para que isso não aconteça
de fato. Além disso, alguns pais têm deixado a Educação de seus queridos filhos
como uma obrigação única e exclusiva desta instituição, então conseguir
direcionar toda a vida de um indivíduo e ensinar os conteúdos atitudinais,
conceituais e procedimentais da Educação básica do currículo em apenas 4 horas
diárias de um dia que se tem 24 horas parece-me um pouco estranho... Mas, mesmo
assim, já foi possível ver exemplos como se alguém tem uma atitude de
desrespeito ao próximo, seu cuidador dizer, “Está tão mal educado nem parece
que está estudando”... Essa frase pesa nos nossos ombros de Professores
Educadores. Parece que a missão de educar é somente nossa e não é!
Pois inclusive legalmente temos
bastante claro em nossa constituição de 1988, Art. 205. A Educação, direito de
todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Por
isso percebemos que a família precisa preparar seus filhos para mais além que
as provas do vestibular ou aprovação a cada ano letivo, as crianças e
adolescentes precisam ser preparados para respeitar o próximo diariamente,
respeitar todos... colegas, Professores, pais a sociedade no geral.
As cenas de violência entre crianças
e adolescentes tem nos chocado, parece que estamos fracassando em algum
momento, mas é bom lembrar que esse fracasso é conjunto e não somente da
Escola, embora muitas brigas iniciem e terminem em tragédias dentro do espaço
Escolar. E aí algumas instituições talvez pouco experienciadas e apoiadas, não
tomem medidas de prevenção que realmente surtissem efeitos a curto médio e
longo prazo. Pois tenho assistido numa constância profunda nos meios de
comunicação que as atitudes feitas pelas instituições de casos que tais fatos
ocorreram são de suspensão e transferência do Aluno de Escola, situação que
provavelmente não seja resolvida e que apenas o problema seja transferido e
novas brigas ocorram nestes ambientes.
É preciso realizar ações práticas
para combater este mal que tem nos atacado cotidianamente, e que a Escola está
sendo atingida de maneira que muitos Professores têm adoecidos por estes
motivos.
Um dia desses fiquei muito feliz por
saber que uma Escola agiu de maneira bastante inteligente quanto a isso, e
orientou pais e Alunos infratores, bem como os Alunos que tiveram a atitude
negativa tiveram que apresentar um trabalho voluntário de assuntos relacionados
ao bullying e violências, nas outras salas de aulas que presenciaram tal fato
desagradável, e pelo que tenho acompanhado a cena não mais se repetiu... Ou
seja, um trabalho de conscientização e parceria entre Escola e família tem
muito a contribuir com mudanças de atitudes de Alunos com comportamentos
inadequados.
Joelma F.de Oliveira Sousa, professora, in: Folha de Boa Vista (RR)
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