domingo, 8 de abril de 2012

Faltam espaços esportivos nas escolas públicas

Está lançada nacionalmente a mobilização em defesa da criação do Sistema Nacional de Esportes e da definição de projetos para aproveitar o legado esportivo da Copa de 2014, ou seja, as obras que serão deixadas. Liderado por grande atletas da ONG Atletas pela Cidadania, esse movimento ganhou força e chegou na 12 cidades-sedes do mundial.
De acordo com uma pesquisa do Ibope, feita por amostragem em quase 500 unidades Escolares do país, apontou que em 30% das Escolas públicas brasileiras não têm nenhum espaço para prática esportiva, quadra, campo ou pátio. E 44% dos professores ouvidos reclamaram que os alunos parecem desmotivados e faltam muito nas atividades propostas.
Somente durante o 7º Congresso do Gife (Grupo Institutos, Fundações e Empresas), que aconteceu esta semana em São Paulo e discutiu a aplicação de recursos privados em projetos sociais, esse foi o tema de duas palestras e debates e de uma reunião entre representantes das cidades-sedes.
Os secretários cuiabanos Lamartine Godoy Filho (Saúde), João Bosco Cruz (Esporte e Cidadania) e Sérgio Zanelato (da Diretoria de Projetos da Educação), se encontraram com secretários de outras cidades-sedes, integrantes da Ong e outras autoridades.
Eles conheceram a pesquisa que está servindo de subsídio para argumentar a cobrança de políticas contínuas voltadas especialmente para crianças e jovens.
Lamartine Filho sugeriu que o grupo criasse uma agenda de atividades e encontros e que dela fizesse parte a busca por modelos de projetos que estão dando certo no país.
Ele considerou o encontro interessante e observou que a idéia é conhecer as melhores práticas e as repliquem em outras regiões dentro da política de aproveitamento do legado.
A diretora-executiva da ONG Atletas pela Cidadania, Daniela Castro, destacou que a proposta é pensar o legado em longo prazo como instrumento de desenvolvimento social e humano. Atualmente, observou, 75% do que o país investe nos esportes vão para atletas de alto rendimento. Apenas 30% são destinados ao esporte educacional e de lazer.
A ex-campeã mundial de Vôlei, Ana Moser, diretora da ONG, disse que a cultura da vivência da prática esportiva é uma lenda no Brasil. “As pessoas falam que gostam de esporte, mas assistem, não praticam”, criticou. No entendimento dela, é necessário assegurar o acesso ao esporte como forma de estimular a prática.
A meta desse movimento é dobrar a prática de atividade física da população nas cidades-sede da Copa de 2014 a 2016. Nas Escolas, ter 80% das Escolas com esporte educacional até 2016. E, em 2022, ter 100% das Escolas com esporte educacional.
Fonte: Diário de Cuiabá (MT)

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