terça-feira, 3 de abril de 2012

Os melhores professores para as piores escolas

No momento em que o Ministério da Educação anuncia o novo piso nacional dos professores, discutido pelos principais editoriais do país, faz-se necessária e urgente a defesa da valorização do professor, principal agente da Educação.
Sem o reconhecimento da profissão, não alcançaremos uma Educação de qualidade compatível com os desafios da sociedade contemporânea e com a posição brasileira de sexta economia mundial.
Além de dominar o conteúdo a ser ensinado, o professor precisa se responsabilizar pelo aprendizado de seus alunos. Para estimular esse compromisso, muitas secretarias de Educação criaram um sistema de incentivos e bônus relacionados aos resultados dos alunos e das Escolas.
Se, a princípio, tal medida parece acertada por se basear no mérito, por outro lado ela gera uma competição por recursos entre as Escolas que é danosa ao sistema educacional. A Educação não deve e não pode ser tratada como o mercado, em que a concorrência pode ser saudável.
Temos um sistema educacional extremamente desigual e, por isso, competição e incentivos, se não implementados com cautela, poderão gerar maiores desigualdades.
Maria Alice Setubal, in: Folha de S.Paulo (SP)

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