O governo do Estado de São Paulo não parece dispor de prioridades definidas para a Educação. Anunciou nos últimos meses mudanças na grade curricular do ensino médio e na oferta de aulas de reforço para estudantes da rede pública. Incapaz de preencher as vagas para o corpo docente, autorizou a contratação de professores reprovados em teste de seleção.
A manutenção das escolas tampouco escapou. Uma parte da verba para reparos nos prédios sempre era entregue em janeiro. Neste ano, após dois meses de aulas, cerca de 5.000 colégios estaduais ainda aguardam os recursos.
Faltam professores. Falta manutenção. Falta também clareza sobre como aplicar uma injeção de qualidade no ensino deficiente. Tanto é que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) lançou um ambicioso programa de informatização das salas de aula na rede estadual, como se o problema principal fosse a falta de tecnologia.
Estima-se em R$ 5,5 bilhões o investimento a ser feito no projeto nos próximos dez anos. O montante equivale a mais que o quíntuplo do gasto -R$ 1 bilhão- orçado, neste ano, para reformas da infraestrutura já existente nas escolas.
Fonte: Folha de S.Paulo (SP)
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