Analisar o desempenho de alunos e professores pode ser o primeiro passo para mudar um cenário educacional. Mas não pode ser o único. Especialistas brasileiros e internacionais se reuniram ontem no Rio para debater estratégias de avaliação e melhoria da qualidade em sala de aula em seminário promovido pela Fundação Itaú Social.
Os modelos de distribuição de bônus para professores e funcionários de escolas estaduais em São Paulo e Pernambuco foram apresentados por pesquisadores como estratégias que apresentam bons resultados no desempenho de alunos.
Nos dois Estados brasileiros, são estabelecidas metas para as escolas, e aquelas que alcançarem os objetivos, mesmo que em parte, recebem benefícios.
Em São Paulo, professores e funcionários de escolas que superarem a meta podem receber até 2,9 salários a mais ao ano. Em Pernambuco houve um salto no número de instituições estaduais que atingiram 100% da meta: em 2008, 233 escolas alcançaram os objetivos. Em 2010, o número chegou a 474.
– Pernambuco teria tido a média de outros Estados do Nordeste sem o programa de bônus – defende Cláudio Ferraz, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Em um estudo sobre o caso paulista, o professor Luiz Guilherme Scorzafave, da Universidade de São Paulo, apontou melhora significativa apenas na 4ª série:
– Ainda temos o desafio de entender o que acontece nas escolas após esses programas, o que o pagamento de bônus provoca no ambiente escolar. Os efeitos adversos são difíceis de prever.
Zero Hora (RS)
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