segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Parada Poética - 11

CIRANDA PROFESSOR EM VERSOS

O PROFESSOR

Se você pensa que vai,
Se arrepende e depois fica,
Com Professor sempre vai,
Sem Professor sempre fica.

Me ensinou sempre o meu pai
Não queira viver na estica:
Com Professor tudo vai
Sem Professor tudo fica.

Não procure o que reluz
Muito mais vale o Saber
Professor é sol e luz
Só alegria e viver

Nada de patacoada,
Sempre estudar, estudar
O Professor é a estrada
Que eleva a mente ao altar.

Gabriel Mineiro


AO NASCER DE CADA ESCOLA

Ao nascer de cada escola,
cresce abençoada iluminação,
lindo ver a mestre dando aula,
ensinando os alunos aprender a lição.
Ela a todos em si fascina
com o seu jeitinho de ensinar,
o verdadeiro símbolo da vida
desde o primórdio do soletrar:

A... E... I....O  ...U...
Lá... lá ...lá...lá....
Lá ..lá...lá...lá...lá...
A... E... I....O  ...U...
Lá... lá ...lá...lá....
Lá ..lá...lá...lá...lá...
AA ...EE.... II...OO...UU...

Sempre atenta e amiga,
encoraja o escolar a estudar,
asseverando com muita alegria,
o mundo foi feito para amar.
Amar sem invocar a guerra,
luxuria, discórdia e desprazer,
curtindo o sabor da leitura,
anunciando um novo alvorecer.

A... E... I....O  ...U...
Lá... lá ...lá...lá....
Lá ..lá...lá...lá...lá...
A... E... I....O  ...U...
Lá... lá ...lá...lá....
Lá ..lá...lá...lá...lá...
AA ...EE.... II...OO...UU...

Agostinho Rodrigues

Letra e música - 1987


A PROFESSORA

À Professora Regina Tonelli, em nome de todas as professoras, com carinho.

A professora, perfeição plástica,
Caminha, exatidão aritmética,
Levando a autoridade da gramática
E a delicadeza da poética...

Abrasando pronomes abusivos,
Vai, dissolvendo as silabas a mais,
Trocando de lugar os substantivos,
Contendo os singulares e os plurais,

Cauterizando excessos descritivos,
Simplificando os textos mais complexos,
Limpando os tempos verbais imperativos,
Acrescentando acentos circunflexos,

E segue adiante a professora, segue
Por entre consoantes e vogais,
O olhar astuto, a palavra leve,
Podando as concordâncias nominais,

Detém-se ante os parágrafos e os hiatos,
Define e reorganiza as concordâncias,
Corrige os substantivos abstratos
Pulverizando as exorbitâncias...

E, um apos outro, curetando excessos
E descontaminando os maus ruídos,
Faz com que os versos maus se tornem versos
Maravilhosamente bons para os ouvidos...

A professora, a retidão, a regra,
O polimento da aspereza, o brilho,
Como quem dá o corte à faca cega,
Como quem veste e arruma o próprio filho...

E assim, redescobrindo o brilho oculto
Entre os escombros da palavra fria,
Faz, como quem lapida o mármore bruto,
Como quem planta mudas de harmonia...

A professora... Quem mais poderia?

Luís Tavares

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