quarta-feira, 12 de outubro de 2011

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Crianças, FELIZ DIA PROCÊS!
É bom preservar no bom humor, na criatividade, na serenidade e até nas 'levadices' (rsss) que fazemos, a criança que mora em nós.
Mas, para não perdermos o costume, vamos analisar esta consulta da querida amiga, de tantos dias da criança, prof. MARIA AMÉLIA  a quem chamo carinhosamente de MAMÉLIA ou MAMELINHA.
Eis o que ela quer saber: (grifei o objeto da 'consulta')

Edi,
Dúvida!
Estou lendo o livro A duração do dia de Adélia Prado e eis que, na poesia Dádivas, me deparo com a seguinte redação:
São os relógios
o mais obsoleto dos inventos.
Não deveria ser É o relógio?
Obrigada desde já!
Não é uma honra ter uma consultora especial?!¹
Beijocas,
Mamélia

Agora vejam vcs o tamanho de minha alegria: uma professora de História lendo ADÉLIA PRADO! Não que isso não seja possível (Salvá é ótimo leitor e é de Matemática! Naiz é bióloga e lê 'com força'!- só para lembrar alguns...). Mas é o luxo, gente, que a boa Literatura representa e o luxo que passa a ser a compreensão do Mundo. Ihhhhhhhh, pessoal, fiquei entusiasmada, né?

Vamos à resposta:

Oi, Mamelinha!
Excelente leitura, sua danadinha!
A concordância com o verbo ser é particularíssima!
Adélia está certa: a concordância é feita com o sujeito 'os relógios'. Veja na ordem direta:
Os relógios são o mais obsoleto dos inventos.
 
Atenção, pessoal, se o sujeito for nome próprio, aí mesmoo é que  não interessa o número do predicativo: O VERBO CONCORDA COM O SUJEITO!
Ex.: Nina é os dengos da família.
Ela foi as esperanças do verão dele.
 
Grande e afetuoso abraço p vcs pela data, até quarta,
Edinalda

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