domingo, 24 de julho de 2011

Economista defende investimento em educação

No XVII Fórum BNB de Desenvolvimento são estudadas alternativas para diminuir as desigualdades e erradicar a pobreza na região Nordeste. Capacitar professores e melhorar o ensino são algumas das principais soluções para alcançar o equilíbrio entre as regiões brasileiras.
Investir na Educação é a saída para diminuir a desigualdade entre as regiões brasileiras. Para o economista Alexandre Rands, o crescimento do Brasil é visível, mas se o Nordeste continuar no mesmo ritmo que o resto do país, nunca conseguirá diminuir a desigualdade. É preciso crescer e investir ainda mais, especialmente em Educação, para conseguir o equilíbrio entre as regiões. 
Criar subsídios ou investimentos de infraestrutura “não arranha nem a casca do problema da desigualdade”, diz Alexandre. É preciso compensar na Educação, qualificando professores. Para ele, a desigualdade regional não acontece entre mercados de mão de obra, mas pela diferença de formação profissional e Educação. 


Ceará
Entre os estados do nordeste, o Ceará é um dos poucos com cultura para crescimento. As classes média e alta são muito dinâmicas, assim como o mercado cearense. Resolvendo a questão da Educação e da disciplina do trabalho, o Ceará passa a ser o primeiro da região.
Em seu livro lançado ontem no encontro da Associação Nacional dos Centros de Pós-graduação em Economia (Anpec) realizado em Fortaleza, “Desigualdades Regionais no Brasil: Natureza, Causas, Origens e Solução”, Alexandre explica que a origem da desigualdade não é advinda do processo de industrialização, como dizia Celso Furtado. A vinda da corte portuguesa ao Brasil consolidou um centro de pessoas qualificadas na região sul do país. E pode ser mais bem percebida depois do ciclo de ouro. 
A classe média tem papel fundamental no desenvolvimento. Ela aumenta a demanda e o mercado. Além de aumentar a escala para a Educação, baixando o custo do aluno. Alexandre explica que uma sala com dez alunos tem quase o mesmo gasto de uma sala com 30. O economista diz também que “não adianta criar subsídios para a microempresa. O problema vem com as políticas demandadas pela elite do Nordeste”, em que a Educação não era foco. 
Eliminar a desigualdade no investimento em Educação e criar um sistema para qualificar o professor são alternativas propostas pelo economista para colocar a Educação em primeiro plano. “No nordeste, um estudante recebe nem metade dos gastos que um estudante em São Paulo”, diz. Para o sistema de incentivo, Alexandre aconselha a política de promoção da eficiência, em que o professor recebe bônus ao alcançar metas estabelecidas.
O encontro nacional da Anpec faz parte do XVII Fórum BNB de Desenvolvimento. No evento, foi lançado o livro do economista Alexandre Rands sobre desigualdades regionais no Brasil, com foco no Nordeste. No livro, o autor aponta a Educação como solução para muitos dos problemas da região.

Desigualdades
O livro do economista Alexandre Rands, Desigualdades Regionais no Brasil: Natureza, Causas, Origens e Solução (editora Elsevier, 350 páginas) é o mais novo estudo que trata da questão regional no Brasil.
A obra traz uma análise histórica, social e atual da desigualdade regional, pontuando os vários aspetos que compõem a questão das desigualdades entre as regiões brasileiras, com foco no Nordeste. Alexandre estuda o tema há quase sete anos e o livro demorou quase dois anos para ser escrito.
O Povo (CE)

Um comentário:

  1. Que bom que vemos hoje um grande número de pessoas lutando por mais investimento na educação. É uma pequena progressão em nossa luta. Porém, eu gostaria de levantar uma questão ao meu ver muito importante! Será que apenas o investimento financeiro na educação é o que simplesmente precisamos? Será que nossa forma de educar é uma forma que forma adultos realmente preparados para lidar com o mundo? O mundo externo, talvez, mas e o mundo interno? E o conhecimento sobre o vasto mundo interno do ser humano? Minha base para tais perguntas está no livro o código da inteligência do Dr. Augusto Cury. Não deveríamos primeiramente reeducar-nos para poder educar? Fica a pergunta e uma abertura para um novo tema para a nossa educação. Meu blog bymarcelomike.blogspot.com.br obrigado pelo espaço e desde já acompanharei este blog também .... junto-me pela incessante luta pelo progresso da educação!

    Marcelo Mike.

    ResponderExcluir